Nos primeiros quatro meses em que esteve no comando da Prefeitura do Recife, de janeiro a abril deste ano, o prefeito Geraldo Julio (PSB) investiu R$ 26 milhões, que corresponde a 2,62% do previsto para o ano (mais de R$ 1 bilhão).

Este foi o valor destinado para serviços e obras já concluídos e consta no relatório de execução orçamentária, publicado no Diário Oficial do município no último dia 28.

Ainda em relação a investimentos, o balanço mostrou que o prefeito não injetou recursos nas empresas municipais - as chamadas inversões financeiras -, como a Empresa de Urbanização do Recife (URB), embora esteja prevista a destinação de R$ 90 mil.

Apesar do baixo índice de investimento apresentado até agora, o prefeito Geraldo Julio conseguiu diminuir os gastos de custeio e aumentar as principais fontes de receita, como anunciou.

Em termo de despesas de custeio, ele gastou R$ 228,2 milhões, enquanto que, no mesmo período do ano passado, o então prefeito João da Costa (PT) desembolsou R$ 400,2 milhões, de acordo com dados apresentados ao Tesouro Nacional.

Ao mesmo tempo em que o prefeito enxugou os gastos com a máquina, as receitas de tributos e contribuições cresceram próximo de 10%.

A arrecadação de tributos passou de R$ 411,2 milhões, no primeiro quadrimestre de 2012, para R$ 452,3 milhões, no mesmo período deste ano.

As contribuições - que são, por exemplo, repasses estaduais - subiram de R$ 554,9 milhões para R$ 609,5 milhões.

Procurado pelo Blog, o secretário de Finanças da Prefeitura do Recife, Roberto Pandolfi, não atendeu às ligações.

A assessoria de imprensa da pasta informou que ele está em viagem.

O prefeito Geraldo Julio também estava fora da cidade, ontem.

Ele foi a Brasília negociar ajuda para moradores do Conjunto Eldorado, no Arruda, que ameaça desabar.

DESPESAS - O relatório ainda mostrou que Geraldo Julio investiu R$ 161,4 milhões em saúde (o que corresponde a 21,81% do previsto para o ano) e R$ 121,5 milhões em educação (19,11%).

Urbanismo e Cultura também figuram entre as áreas que mais receberam recursos no primeiro quadrimestre: 86,8 milhões e R$ 30 milhões, respectivamente.

Já para a área de habitação foram desembolsados apenas R$ R$ 543,3 mil até então.

Com pessoal, foi gasto 1,6 bilhão, um comprometimento de 43,95%.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) indica um limite máximo de 54%.