Por Débora Duque No Jornal do Commercio desta sexta-feira De malas prontas para filiar-se ao PSB, o vice-governador João Lyra (PDT) assiste ao fortalecimento do seu nome para a sucessão estadual de 2014, mas, ainda assim, deve encontrar obstáculos para consolidar sua candidatura.

Diante da forte concorrência dentro do ninho socialista - no PSB, há pelo menos, cinco aspirantes -, aliados do governador Eduardo Campos (PSB) soltam o alerta de que a migração partidária de Lyra não o coloca automaticamente na condição de candidato preferencial.

O recado é de que a definição sobre a estratégia para disputar o governo do Estado só sairá no ano que vem, às vésperas do início da campanha eleitoral, como é do feitio do governador, que, na disputa municipal, anunciou o lançamento da candidatura de Geraldo Julio só no mês de junho.

Como a montagem dos palanques para a corrida estadual depende, diretamente, do cenário político a ser desenhado nacionalmente, a escolha daquele que irá concorrer ao cargo de governador será a última das etapas.

Além de lançar um nome do próprio partido, o governador Eduardo Campos (PSB) pode apoiar o projeto do senador Armando Monteiro Neto (PTB).

A única chance dessa hipótese se tornar concreta é se o socialista, de fato, resolver alçar um voo nacional e conquistar o apoio do PTB para a corrida presidencial.

Além de Lyra, futuro socialista, o PSB tem na sua lista de aspirantes ao governo os secretários Tadeu Alencar (Casa Civil), Paulo Câmara (Fazenda), Antônio Figueira (Saúde), Milton Coelho (Governo) e ainda o prefeito do Recife, Geraldo Julio.

Solidário Lyra, no entanto, sairá na frente caso o governador tenha que se desincompatibilizar do cargo, em abril, para disputar a eleição.

O ainda pedetista terá, em suas mãos, o comando da máquina estadual.

Em relação aos alertas enviados por integrantes de sua futura legenda, o vice-governador sustenta que sua ida para o PSB não está relacionada à eleição para o governo. “Minha intenção é ser solidário ao governador e ajudá-lo a fortalecer seu projeto presidencial.

Não estou visando o governo.

Até porque quem vai liderar esse processo é o próprio governador”, disse.

Nos bastidores, a informação é de que Eduardo deseja que a saída de Lyra do PDT seja construída de forma cautelosa para não melindrar sua relação com o presidente estadual do partido e prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), a quem considera um aliado fiel.