Nesta terça-feira, dia 28 de maio, os diretores da ABEAD, Carlos Salgado e Sérgio de Paula Ramos, foram recebidos pelo Secretário do Senad, Vitore André Zílio Maximiano.

No evento, a Associação Brasileira do Estudo do álcool e Outras Drogas (ABEAD) em audiência na Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça (Senad/MJ) formalizou seu posicionamento sobre a descriminalização da maconha no Brasil.

A ABEAD se posiciona e faz recomendações para que a mudança legislativa relativa à maconha para qualquer novo viés, liberalizante ou restritivo, seja adiada até que um mais pleno debate se configure como satisfatório para todas as forças sociais que se dele se ocupam e julga extremamente necessária a realização de levantamentos (ou estudos epidemiológicos) nacionais sistemáticos e seriados sobre a prevalência do uso de todas as drogas e dos seus diferentes tipos de usuários.

A ABEAD organizou um comitê de especialistas para debater o tema da descriminalização do uso de drogas. “O comitê elaborou um posicionamento cientificamente embasado, que será oferecido para ampla divulgação à comunidade e também será apresentado ao Poder Público como subsídio para a formação de nova legislação”.

Nesta edição o foco recaiu sobre a maconha.

O comitê reuniu-se em 19 de abril de 2013, na cidade de São Paulo, com o objetivo de revisar políticas de alta tolerância, onde se aplicou a descriminalização da maconha.

Foram examinados históricos recentes do processo de descriminalização em sete países, representando as duas Américas, Oceania e a Europa.

Dados epidemiológicos e oficiais de Portugal, Holanda, Reino Unido, Espanha, Estados Unidos da América, Uruguai e Austrália. “As conclusões mais relevantes de cada país relativos à descriminalização da maconha serão expostos para embasar as perspectivas para o Brasil diante da possibilidade de plena descriminalização do uso da maconha”.

No caso, o comitê da ABEAD produziu algumas recomendações sobre o tema e defende que a mudança na legislação seja adiada.