Por Pedro Romero No Jornal do Commercio deste domingo BREJO DE MADRE DE DEUS - Moradores desta cidade do Agreste vivem a expectativa de passar por uma eleição suplementar.

Se não houver mudanças na luta jurídica que envolve a cassação do prefeito José Edson de Souza (PTB), conhecido como Doutor Edson, o pleito será realizado no próximo dia 7 de julho, com dois candidatos no páreo.

Um deles é Roberto Asfora (PSDB), que obteve 49,25%, sendo derrotado nas eleições de outubro do ano passado.

Sem poder ir para a disputa, Doutor Edson, que obteve 50,75% dos votos válidos, vai apoiar o presidente da Câmara de Vereadores, Hilário Paulo (PSDC), que está governando o município interinamente.

Hilário assumiu a prefeitura no dia 25 de abril, após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassar o mandato do prefeito José Edson e da vice, Clarice Teixeira (PP), que estão inelegíveis por oito anos.

Eles foram acusados de usar veículos da prefeitura para levar eleitores à festa conhecida como São Pedro de Seu Pedro, promovida há 17 anos pelo ex-deputado Pedro Corrêa, pai de Clarice Teixeira.

Segundo o TRE, também foram encontradas barracas com logomarca de prefeitura e realizados discursos de apoio a José Edson.

Apesar de dizer que não tinha planos de concorrer às eleições, Hilário disse que foi levado a isso pela situação atípica. “Faço parte de um grupo e foi feita uma pesquisa que indicou meu nome como o preferido para disputar à prefeitura.

Vou para a disputa com o apoio de José Edson”, diz.

Ele considera inusitada sua situação e faz questão de destacar o fato de ser do distrito de São Domingos.

Segundo ele, é a primeira vez que um candidato de São Domingos se torna prefeito e vai para uma disputa pelo cargo.

Na opinião dele, quem ganhar no distrito, vence a eleição.

O prefeito interino vai disputar com o candidato Roberto Asfora, que perdeu o pleito de outubro por apenas 360 votos. “Já fizemos a convenção e a partir de junho vamos começar a campanha.

Acho que o tempo é suficiente para mostrarmos nossa proposta mais uma vez.

O povo já nos conhece, pois fizemos quatro meses de campanha o ano passado”, pontua.

O prefeito cassado, entretanto, ainda tem esperanças de reverter a situação. “Já entramos com recurso no Tribunal Superior Eleitoral contra a cassação e é possível que a decisão saia até a eleição, que pode acabar não acontecendo”, alerta Doutor Edson.

Enquanto a decisão não sai, ele promete se engajar na campanha do aliado.

O TRE decidiu por uma eleição suplementar porque a votação recebida pelo vencedor do pleito de outubro foi superior a 50% dos votos válidos.

Estarão aptos a votar todos os eleitores que se encontrarem inscritos até 7 de maio, data da aprovação da eleição suplementar.

Os candidatos eleitos deverão ser diplomados até o dia 31 de julho de 2013.