Foto: Eduardo Braga/SEI Por Felipe Lima Na editoria de Economia do Jornal do Commercio deste sábado Quase dois anos e meio após seu anúncio oficial, em um palanque recheado de políticos e empresários no final de 2010, a Companhia Siderúrgica Suape (CSS) promete começar finalmente a sair do papel este ano, no segundo semestre, quando terão início as obras civis da indústria, orçada em R$ 1,64 bilhão.

O cronograma foi antecipado por Alberto Cunha, diretor de operações da empresa, constituída para viabilizar uma fábrica de laminados de aços planos no Cabo de Santo Agostinho.

A produção comercial tem previsão para começar em 2015.

Apesar do longo tempo de espera, o projeto não sofreu redimensionamento.

Continua com capacidade para gerar cerca de 3 mil empregos na fase de construção e 800 postos de trabalho quando entrar em operação.

Há ainda uma estimativa de 2,3 mil oportunidades indiretas.

Em um passo importante para fechar a engenharia financeira do projeto, corre na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) o pedido de financiamento da CSS, de R$ 902 milhões.

O dinheiro virá do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), mesma fonte utilizada por grandes projetos, como a Fiat.

O agente operador do FDNE será a Caixa Econômica Federal. À Sudene, a CSS informou que bancará R$ 327,8 milhões em recursos próprios e buscará mais R$ 411,2 milhões em outras fontes. “A engenharia financeira era uma das variáveis, não a única.

O projeto já começou e há bastante coisa feita.

Há processos importantes em andamento, ligados aos licenciamentos necessários.

Estão acontecendo.

Nossa consulta prévia foi aprovada na Sudene e o trâmite tem sido em uma boa velocidade.

Acreditamos que, em breve, teremos uma resposta positiva”, comentou o executivo.

A CSS ficará no megacomplexo industrial e de serviços da Moura Dubeux no entorno de Suape, o Cone S/A.

O condomínio de negócios será responsável pelas obras de infraestrutura da fábrica.

Os sócios na siderúrgica são a Trasteel International, multinacional com sede em Luxemburgo, na Europa, que atua nos segmentos de laminação, mineração e vendas internacionais de aço, e a Fábrica Participações, fundo de investimento nacional que tem como sócios ex-executivos de grupos importantes do segmento, como Vale e EBX (companhia de petróleo e energia de Eike Batista).

Há ainda uma parceria tecnológica com a Danieli, empresa italiana com expertise em siderúrgicas que fornecerá equipamentos, montagem e qualificação da mão de obra.

E, por fim, participa também a Metal Data, consultoria brasileira do setor.