Para procurador-geral, questão é ‘preocupante’ Na Folha de São Paulo O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, criticou ontem a demora para que os 25 condenados no julgamento do mensalão comecem a cumprir as penas que receberam do Supremo Tribunal Federal (STF). “O que é preocupante é que no Brasil se continue a ter imensa dificuldade em dar cumprimento a decisões quando elas se referem a pessoas situadas no topo da estrutura social”, afirmou o procurador-geral.
Para Gurgel, a análise dos chamados embargos de declaração deve durar menos tempo do que os quatro meses e meio levados no segundo semestre do ano passado. “O julgamento dos embargos é algo imensamente mais simples do que foi evidentemente o julgamento inicial.” Nesta semana, ministros do STF admitiram que os recursos devem ser debatidos apenas no segundo semestre.
Como deixa o cargo em agosto, o procurador-geral não deve participar do julgamento dos recursos.
Ele, porém, negou estar preocupado com a mudança. “O colega ou a colega que estiver à frente da Procuradoria-Geral dará continuidade ao trabalho.” Gurgel voltou a defender a ideia de que o mérito da questão não deve ser rediscutido no julgamento dos embargos de declaração.