Por Carolina Albuquerque No Jornal do Commercio desta quarta-feira O Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop) deverá pedir a reabertura do caso dos desaparecidos políticos Fernando Santa Cruz e Eduardo Collier, no Rio de Janeiro, à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A prerrogativa ganhou força a partir do acesso da Comissão Estadual da Verdade Dom Helder Câmara à documentação interna e diplomática de instâncias do governo militar.

Os dois universitários são citados e têm suas vidas monitoradas como parte de um plano para “neutralizar” (no jargão da repressão, “matar”) Jair Ferreira de Sá (Dori), dirigente da Ação Popular Marxista-Leninista (APML), organização para a qual militavam.

Ontem, a Comissão entregou oficialmente o dossiê aos familiares das vítimas da repressão, representados na figura maior de dona Elzita Santa Cruz, mãe de Fernando, e de Virgínia Collier, prima de Eduardo.

Segundo relatório do coordenador da Comissão Nacional da Verdade, o conjunto de ofícios produzidos pelo Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica (Cisa), como adiantou o JC, “prova que Collier e Santa Cruz foram presos, torturados e mortos no contexto da operação destinada a neutralizar Jair Ferreira de Sá”.

A conclusão é do ex-procurador-geral da República e integrante da Comissão Nacional Cláudio Fonteles.

Fernando Santa Cruz, que adotava o codinome Carlos e tinha 25 anos, e Eduardo Collier, 26, desapareceram em 23 de fevereiro de 1974, em Copacabana.

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