O presidente do PSB em Pernambuco e secretário de governo na gestão Geraldo Júlio, Sileno Guedes, comentou, no programa CBN Total, com Aldo Vilela, informações de bastidores publicadas na imprensa nacional dando conta que pesquisas internas teriam apontado que a população de baixa renda não teria entendido o discurso do presidenciável Eduardo Campos, a partir das inserções do PSB. “Se a gente fosse se preocupar com pesquisas, o prefeito do Recife não seria Geraldo Júlio e o governador do Estado não seria Eduardo Campos”, observou.
Apesar de ter dito que o partido estava apenas, neste momento, propondo uma reflexão ao Brasil, repassando a sua mensagem, o líder partidário disse que o PSB estava animado para ter um candidato. “O PSB está animado para ter candidato.
O governador é respeitado.
Temos obrigação e dever de conduzir o processo.
O Brasil tem observado a sua capacidade.
Para o PSB, seria estremante gratificante, seria um grande prëmio tê-lo como candidato”, declarou.
Nesta semana, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu entrevista a jornais estrangeiros afirmando que Eduardo Campos será candidato.
O socialista não negou nem desmentiu.
Ao contrário, afirmou que estava com o pé no acelerador.
Do Piauí, o governador Wilson Martins já deu uma frase simbólica. “Não temos duplicata assinada com o PT 9para apoiar Dilma em 2014”, disse.
Por outro lado, outros governadores, como Camilo Capiberibe (AP) e Renato Casagrande (ES), deram declarações no sentido de o PSB mirar 2018 e não 2014.
Nos bastidores, as falas foram interpretadas como um recuo estratégico, para não perder verbas federais.
Cid Gomes, do Ceará, é visto como um caso perdido.
Consta que, há cerca de 15 dias, teria havido um encontro do governador Wilson Martins (PI) e Ricardo Coutinho (PB) com Eduardo Campos para discutir essa estratégia, de não esticar a corda com Dilma neste momento.
Na CBN, mesmo tendo também afirmado que, em política, não há caminho sem volta, Sileno Guedes aproveitou um questionamento sobre a fala crítica de Joaquim Barbosa sobre os partidos nacionais para diferenciar o PSB e aliados.
O Blog de Jamildo perguntou sobre os partidos de mentirinha e a diversidade de ideologias para tantos partidos. “No mesmo campo de forças, defendemos modelo parecido, mas os meios podem ser diferentes”, comentou, sem citar nem associar o novo slogan do PSB com a proposta do fazer mais e bem feito. “Vamos estar em campo para apontar soluções diferentes para o Brasil.
Algumas ações podem ser diferentes do que se faz hoje”, citou, sem dar mais detalhes.
Na mesma entrevista, Sileno Guedes disse que o PSB espera contar com o ministro Fernando Bezerra Coelho ao lado de Eduardo Campos, em 2014. “O que fazemos agora é dar seguimento a este projeto do PSB, não um projeto de Eduardo”, explicou.