Alexandre gondim/JC Imagem No seu primeiro discurso em Pernambuco, mais cedo, no Porto de Suape, a presidente Dilma evitou falar qualquer coisa sobre a nova Lei dos Portos, aprovada na semana passada pelo Congresso Nacional, depois de muita polêmica.
No mesmo palanque, estava o senador Humberto Costa, do PT, que chegou a apresentar-se como uma espécie de porta voz para a intermediação das negociações com o governo federal, diante das críticas de que Suape perderia a sua autonomia.
A MP em questão foi aprovada atropelando todos as manifestações dos políticos locais.
Neste domingo, o deputado federal Eduardo Cunha, líder do PMDB do Rio de Janeiro, que se opôs às medidas, contra a orientação do governo Federal, disse ao jornal Folha de São Paulo que as mudanças iriam acabar com os portos públicos.
No mesmo evento, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não tocou no assunto, depois de ter feito declarações cobrando a manutenção da autonomia de Suape.
A Presidenta Dilma Rousseff está nesta segunda-feira (20) em Pernambuco, onde participou da cerimônia que marcou a viagem inaugural do petroleiro Zumbi dos Palmares.
Mais tarde, Dilma participou de evento-teste da nova Arena Pernambuco, o último estádio a ser entregue para a Copa das Confederações.
A cerimônia da viagem inaugural do petroleiro ocorreu no Complexo Portuário de Suape, no município de Ipojuca (PE).
A partir das 15h começou o evento-teste da Arena, Pernambuco, que fica no acesso via BR-408, no município de São Lourenço da Mata.
O navio petroleiro suezmax Zumbi dos Palmares é a quinta embarcação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) entregue à Transpetro em um período de 18 meses.
Com 274 metros de comprimento e capacidade para transportar um milhão de barris - metade da produção diária brasileira - o Zumbi dos Palmares vai operar no transporte de petróleo bruto.
Segundo a Petrobras, o Brasil tem hoje a terceira maior carteira de encomendas de petroleiros do mundo.
O setor, que chegou a ter menos de dois mil trabalhadores na virada do século, emprega hoje 54 mil pessoas.