A exemplo do que ocorreu em 30/04/2011, a cidade do Recife e RMR reviveram mais um dia (17) caótico em consequência das chuvas no litoral pernambucano.

E a julgarmos pelas imagens amplamente divulgadas pela imprensa local, concluímos que nada foi feito com alguma eficiência, a fim de se evitar que os alagamentos se repetissem nos principais corredores de acesso ao centro do Recife, sem esquecer bairros e ruas que sempre apresentaram histórico crônico de alagamento.

Algumas avenidas/ruas/bairros/vias que continuam sofrendo alagamentos constantes : Rua Imperial, Avenida Sul, Avenida Mascarenhas de Morais, Avenida Norte, Avenida Abdias de Carvalho, Estrada dos Remédios, bairro do Pina, Avenida Agamenon Magalhães, BR 101-Guabiraba e vários trechos, bairro do Ipsep, centro de Afogados, Avenida Conde da Boa Vista, Avenida Carlos de Lima Cavalcante (Olinda), PE 15 em vários trechos, Avenida Recife em vários trechos, e etc.

Bem, uma coisa é certa, s e os gestores municipais e estaduais fossem funcionários da iniciativa privada, todos estariam procurando emprego hoje, diante de tanto descaso, omissão e falta de proatividade.

Não parece existir nenhum mapeamento dos problemas decorrentes do inverno, tomando-se como base a reincidência e o agravamento da situação a cada estação de chuva.

Em contrapartida se verifica uma atenção privilegiada da Prefeitura do Recife e do Governo do Estado as questões de infraestrutura ligadas diretamente a COPA S.A, ao Carnaval S.A, e etc, em detrimento das demandas antigas que estiverem fora desse eixo de interesses, usando-se como causa primária e refúgio a condenação da natureza, que por sinal também é culpada no verão, através da seca.

Também podemos constatar outra falha nos moldes de 2011, ao verificarmos que as autoridades optaram por omitir da população a real iminência de um grande volume de chuva, o que poderia permitir se minimizar o impacto dos transto rnos ou mesmo prejuízo, já que o órgão responsável pela monitoração do clima, além do governador tinham o conhecimento da chuva intensa por volta das 17h do dia anterior.

A justificativa dada pelo Estado em nota oficial, informou que a população não foi avisada, a fim de se evitar pânico.

E aí vale lembrar que foi exatamente a falta de informação que gerou boatos sobre a barragem de tapacurá em 2011.

Mas afinal, o que poderia ter sido evitado se a população soubesse da chuva forte 10h ou 12 antes ?

Dependendo da clareza da informação, muitos nem sairiam de casa, os que moram no interior do Estado não arriscariam viajar em vão, diante da grande possibilidade de não chegar no Recife, as empresas que fazem entregas poderiam remarcarem suas atividades, os que moram em área de risco teriam a oportunidade de buscarem a casa de parentes e amigos, além de protegerem seus bens, antes do caos estabelecido.

Enfim, muito prejuízo poderia ter sido evitado, r eduzido ou quem sabe nenhuma vida perdida.

Gilberto Luna, Paulista.