O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) recusou-se a participar da sessão em que foi aprovada no Senado a medida provisória dos portos.

Ele foi ao plenário, expressou sua contrariedade e foi para casa. “Não me animei a ficar lá, feito um idiota, coonestando aquilo tudo”, disse o senador em entrevista ao blog. “Achei melhor me aborrecer vendo pela televisão.” Jarbas classifica o processo de votação de “farsa”.

Sustenta que o Legislativo vive hoje “uma situação pior do que a que atravessamos na época da ditadura.” Leia mais aqui.

Na Câmara, a maratona durou mais de quarenta horas e foi cercada por bate-boca entre parlamentares e uma queda de braço com seu principal aliado no Legislativo, o PMDB.

No confronto, esbarrou na resistência do líder peemedebista, Eduardo Cunha (RJ).

Já no Senado, o texto encontrou outro cenário e conseguiu grande adesão dos peemedebistas.

Apenas o senador Roberto Requião (PR) votou contra; Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS) não votaram.

O líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), foi escolhido para a relatoria.

Disse Jarbas: “A farsa começa pelos prazos.

A medida provisória chega ao Senado no último dia, a poucas horas de perder a validade.

Todo mundo já sabia qual seria o resultado.

Renan chegou lá disposto a votar de qualquer jeito.

Na véspera ele já tinha anunciado na televisão que trataria a medida como excepcional.

Tudo em nome do interesse do país.

Ora, que interesse do país é esse que nega aos senadores o direito de votar com consciência?

Dilma é estatizante.

Ela tem vergonha da palavra privatização.

Quem pode acreditar que a presidente Dilma tem interesse em modernizar portos?

Só os tolos.

Ou aqueles que servem ao governo a todo custo”.