Foto: Michele Souza/JC Imagem Na corrida contra o tempo para conseguir as 500 mil assinaturas necessárias para viabilizar o Rede Sustentabilidade - partido que a ex-senadora do Acre pelo PV Marina Silva tenta criar - os membros da Comissão nacional provisória e militantes vão intensificar a coleta a partir deste mês.
Aposentado assume missão no sonho da nova legenda De acordo com um dos integrantes do grupo e ex-deputado Roberto Leandro (ex-PT e ex-PV), a ideia é recolher o mínimo necessário até junho. “Queremos ter uma margem de segurança”, explica.
Isto porque ocorre erros no preenchimento do formulário.
Em entrevista recente à imprensa, Marina afirmou que cerca de 30% das assinaturas já coletadas não devem ser reconhecidas pela Justiça Eleitoral por causa de falhas.
Em Pernambuco, a intensificação terá um reforço de peso: a visita da ex-senadora na próxima terça (14) e quarta-feira (15).
Também serão instalados dois pontos fixos de coleta no Recife, cujos locais não foram definidos.
A coleta no Estado está sendo feita principalmente na capital, em áreas como a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), o Recife Antigo e na central de carregamento do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM).
As tentativas ocorrem pelo menos duas vezes por semana, principalmente nos sábados e domingos, quando as pessoas estão menos apressadas.
Os locais têm um aspecto em comum, além do grande fluxo de pessoas: alta concentração de jovens.
Embora ressalte que o futuro partido tenha adesão de pessoas de todas as classes e idades, Roberto Leandro reconhece que “o potencial é maior” dentro do público formado por jovens universitários. “No geral, cerca de 80% das pessoas que conversamos assina”, garante.
Na última sexta-feira (10), uma equipe de três militantes coletou apoios nas imediações da Unicap por cerca de uma hora.
A maioria das pessoas que puderam escutar a proposta da Rede concordaram em dar a assinatura.
Quem não assinou geralmente foram pessoas que sequer tiveram tempo de parar e saber do que se tratara.
A estudante Graciely Castro, 34 anos, votou em Marina na eleição presidencial de 2010 e foi uma das que aceitou contribuir. “Conheço o trabalho dela e acho sério e compromissado.
Acho as questões ambientais que ela defende importantes para o País”, destacou.
O universitário Thiago de Carvalho, 20, avalia que a ex-senadora “tem ideias inovadoras” e assinou o documento “para ter uma opção de voto” na eleição presidencial do próximo ano.
Já a estudante Julia Lins, 19, preferiu não assinar. “Sou mais Lula e Dima.
Não acredito muito nas propostas dela.
São muito utópicas”, sentenciou.
A universitária conhecia Marina, mas não sabiam das articulações para criar o novo partido.
O saldo final da última quinta-feira foram, aproximadamente, 150 assinaturas, que se somam as mais de 9 mil obtidas até agora em Pernambuco.