Foto: reprodução da internet A entrada do prefeito de Petrolina - no Sertão -, Julio Lossio (PMDB), na política começou efetivamente com um telefonema.

Era 2008 e o ex-deputado Osvaldo Coelho (DEM) ligou para o presidente estadual do PMDB, Dorany Sampaio, dizendo ao aliado que tinha uma pessoa para apresentá-lo.

No mesmo ano, o “Doutor Julio” disputou e venceu a prefeitura da cidade sertaneja contra o deputado Gonzaga Patriota (PSB). “Em política, tudo pode.

Ele manifestava ser um homem de espírito político, que aceitava desafios e foi sendo lembrado", conta Osvaldo.

Na época, Lossio apareceu como um nome alternativo para a hegemonia da família Coelho, embora tenha sido apadrinhado por um membro do clã.

Julio Lossio é exaltado por aliados como um gestor inovador e de grande capacidade de articulação.

Em 2012, veio a campanha e a nova vitória, por 28,2 mil votos a mais contra o candidato do governador Eduardo Campos (PSB), o deputado federal Fernando Bezerra Filho (PSB).

O resultado acabou cacifando o prefeito para voos maiores.

Agora, ele desponta como um nome para quebrar a hegemonia de Jarbas no partido.

Foi apontado pelo presidente nacional do PMDB, o senador Valdir Raupp (RO), como possível candidato ao Governo do Estado.

A declaração causou mal-estar entre jarbistas, que elegeram a reeleição do senador como prioridade.

A candidatura de Lossio esbarra em outro impasse interno.

Assim como a Executiva nacional, o prefeito defende o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), enquanto jarbistas querem coligar-se com a provável candidatura de Eduardo.

Sempre demonstrando tranquilidade, Lossio confidencia: “Particularmente, se decidir ter uma posição adversa à do PMDB, vou procurar outro partido".

Publicamente, Lossio e jarbistas negam um racha. “Eu abri as portas para ele com o PMDB nacional.

Não faria isso se não o visse como aliado”, relata Dorany Sampaio. “A direção nacional está orientando o partido a ser um protagonista”, diz Lossio.

E avisa: “defendo que não fiquemos à reboque das decisões do governador”.