Nesta segunda, dia 13 (às 10h, na sede do Governo), Aluisio Lessa, secretário de Articulação Social e Regional de Pernambuco, juntamente com Milton Coelho, secretário de Governo, estarão reunidos para a retomada da reunião com as entidades ligadas ao setor sucroalcooleiro.

Segundo a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) a seca deverá derrubar em 35% a safra de cana-de-açúcar dos fornecedores independentes do Estado, o que representa mais de 12 mil produtores.

A perda financeira será de R$ 160 milhões.

Dois assuntos estão na pauta: a decretação estadual de emergência da Zona da Mata a fim de possibilitar a renegociação de dívidas dos produtores e o Programa de Revitalização da Atividade Canavieira (PRAC).

Os secretários Milton Coelho (Governo) e Aloísio Lessa (Articulação Social e Regional) estão responsáveis por analisar a demanda que foi entregue ao governador pela Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e o Sindicato dos Cultivadores de Cana.

A reunião com os secretários foi um direcionamento do próprio Eduardo Campos durante a reunião com o setor canavieiro na terça-feira (7).

O gestor criou a comissão de secretários para analisar e tratar das reivindicações.

O PRAC é uma proposta técnica para garantir a atividade canavieira vítima da seca.

Ele consiste em distribuição de sementes de cana destruída pela seca e na entrega de herbicidas e fertilizantes para pequenos e médios produtores de cana continuar a atividade no campo.

A decretação estadual de emergência da Zona da Mata é um critério posto pelo governo federal para garantir aos produtores o direito de participar do programa que prorroga por 10 anos a dívida dos agricultores junto aos bancos federais. “O governador é um homem público e sensível às necessidades de quem vive da terra”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP.

Ele não acredita que o gestor se furtará dessa ação que terá impacto significativo na vida dos agricultores afetados pela maior estiagem dos últimos 50 anos.

Cerca de 90% dos produtores pernambucanos de cana estão classificados pelo Ministério da Agricultura como economia em regime de agricultura familiar. “Não produzem mais de mil toneladas por safra”, finaliza o dirigente.