Foto: reprodução da internet No Jornal do Commercio desta quarta-feira BRASÍLIA - O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, pastor Marco Feliciano (PSC-SP), decidiu cancelar a reunião marcada para hoje que votaria projeto que permite psicólogos promoverem tratamento com o fim de curar a homossexualidade, conhecido como “cura gay”.
O deputado atendeu a um pedido do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Os dois se reuniram ontem à noite.
Em alta no partido desde que assumiu o comando da comissão, o deputado foi a estrela das inserções da legenda na TV.
Após confirmar a inclusão da matéria na pauta, Feliciano voltou atrás.
A justificativa oficial é que a Casa deve passar por um dia tumultuado e, diante dos protestos enfrentados por Feliciano, há riscos de segurança para os parlamentares.
A assessoria do deputado informou que a pauta apenas foi transferida para a próxima quarta-feira (15).
Antes do encontro, Feliciano conversou com jornalistas e garantiu que a pauta estava confirmada porque não poderia engavetar projetos.
O pastor disse que “seria covardia” não tratar da proposta.
Ele já falou em colocar também em votação outra proposta lançada por movimentos ligados à comunidade gay que prevê uma consulta à sociedade sobre o casamento homoafetivo.
A comissão é dominada por parlamentares ligados a segmentos religiosos, especialmente evangélicos.
Feliciano negou que a discussão sobre a chamada “cura gay” seja uma provocação aos ativistas, que há mais de dois meses o acusam de racismo e homofobia e cobram sua saída do posto.
NA TV -Também ontem, Feliciano começou a aparecer nos comerciais do PSC na TV, nos quais defendeu a recuperação dos valores da família verdadeira.
As inserções da legenda, todas com a temática da valorização da família, irão ao ar até a próxima quinta-feira (16). “Ser social e cristão é ter compromisso com a defesa da família. É ser contra as drogas e a favor da vida.
Somente com a valorização da família verdadeira vamos fazer um Brasil melhor.
Venha com o PSC mudar o nosso Brasil”, afirma o deputado na gravação, segundo o partido.