Mães, estão sendo internadas nos corredores do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), no Parnamirim, Zona Norte do Recife.
A denúncia é da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps).
Além disso, em alguns casos, as mães, pós-parto, estão tendo que ceder seus leitos para acomodar suas crianças. “Hoje a maternidade continha 43 gestantes, no corredor do pré-parto, aguardando a realização dos seus partos.
Detalhe, só havia 12 leitos disponíveis.
Muitas estavam alojadas em cadeiras plásticas”, diz o ouvidor da Aduseps, Carlos Freitas.
Ainda de acordo com a associação havia gestantes com quatro e cinco centímetros de dilatação, e os médicos estavam medicando as pacientes para que os partos fossem normais, evitando a cirurgia cesariana.
Algo que tem prejudicado a saúde das mães e das crianças, como caso que ocorreu na maternidade do HAM, onde uma criança teve o pescoço quebrado durante um parto normal. “Essa é a realidade das mães que procuram socorro na maternidade do HAM.
Há mães que passam uma semana, aguardando para dar a luz, com mais de nove meses de gestação.
Como se não bastasse, foi identificado que só tinha um médico para realizar os exames de ultrassonografia”, enfatiza Freitas.
No caso das mães “sortudas”, que conseguem uma vaga na enfermaria pós-parto, elas são alojadas muito próximas unas das outras, nos quartos há muita umidade, uma combinação que pode acarretar risco de infecção, não só para a paciente que está de resguardo, como para seu filho recém-nascido.
A Aduseps denuncia também a marcação o problema para marcação de consultas no hospital.
O telefone zero oitocentos, para marcação de consultas, não funciona.
Na maioria dos casos, os pacientes do interior precisam sair de madrugada para conseguirem marcar uma consulta na unidade.
O departamento jurídico da Aduseps irá enviar ofícios sobre o caos na maternidade do HAM, cobrando soluções legais, aos órgãos como Ministério Público, CREMEPE, SIMEPE, APEVISA, Secretaria e Conselho Estadual de Saúde.