O Instituto Avante Brasil acaba de concluir um levantamento inédito sobre a atividade educacional no sistema penitenciário brasileiro nos últimos 5 anos (2008-2012).
Segundo o estudo, que foi baseado nos dados do InfoPen, a situação do Brasil vem melhorando nos últimos cinco anos, no que diz que respeito à educação nos presídios.
Foi possível notar um crescimento no número de presos que estão estudando dentro das prisões na maioria dos estados brasileiros.
Pernambuco é o estado em que mais presos estão inseridos em atividades educacionais, com uma média de 191 estudantes para cada grupo de 1.000 presos de 2008 até junho de 2012.
Já o Maranhão é o estado com a menor quantidade de presos em atividade educacional, apresentando uma média de 22 para cada 1.000 presos, nos últimos 5 anos.
Contudo, foi o estado que apresentou a maior evolução passando de 6,3 em 2008 para 45,6 presos estudando em cada grupo de 1.000, em 2012. “Ainda não chegamos ao ponto ideal, mas não há como enaltecer e evolução”, diz a entidade.
O número total dos presos que estão em atividade educacional ainda não chega a 10% do total de detentos.
Esse panorama mostra ainda que existem, proporcionalmente, mais mulheres estudando dentro dos presídios do que homens.
São Paulo, estado com a maior população carcerária em termos absolutos, 190.818 presos, em 2012, também abaixo da média nacional de atividades nos presídios.
Desse total, apenas 7% (13.877 presos) estão em atividade educacional, uma taxa de 72,7 para cada grupo de 1.000 presos, sendo que 8% são do sexo feminino e 7% do sexo masculino.
Ao contrário do aumento apresentado pelo Brasil, São Paulo obteve uma queda de 16% no número total de presos estudantes, e queda de 32% nas taxas por 1.000 presos.
A média de presos estudando nos presídios paulistas, de 2008 a 2012 foi de 88,4.
O grau de ensino com maior participação é Ensino Fundamental.