A Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps) está denunciando que pacientes do setor de oncologia do Hospital Barão de Lucena (HBL), na Zona Oeste do Recife, estão sendo obrigados a custear exames para realização de suas cirurgias, como o exame de ressonância magnética, em laboratórios particulares, devido ao fato do HBL não ter equipamento para realização do procedimento e o mesmo ser feito em outra unidade, fora do hospital.

Secretaria de Saúde nega que pacientes do SUS são obrigados a pagar por exame “Isso é um absurdo, uma usuária do Sistema Único de Saúde (SUS), que recebe um salário mínimo para sobreviver, ter que pagar um exame que custa em média de R$ 700 a R$ 1.200, para poder salvar a sua vida.

Além disso, ela terá que fazer outros exames”, diz o ouvidor da Associação, Carlos Freitas.

De acordo com a entidade, este foi o caso da aposentada, Romaria Maria da Silva, 65 anos, que aguarda há dois meses, pela liberação do exame para realizar sua cirurgia de proctocolectomia. “Estou esse tempo todo aguardando apenas a liberação, depois ainda terei que aguardar a marcação, para só assim poder fazer o exame e o médico marcar minha cirurgia”.

Outro caso, já foi denunciado em janeiro pela Aduseps, o do menor Haziel Joart Cordeiro da Silva, de 11 anos, que estava desde dezembro, internado no HBL aguardando para fazer uma colonoscopia com biopsia e uma endoscopia.

Os exames serviriam para os médicos diagnosticarem o que estava causando tanta dor abdominal no paciente.

No caso da criança, os exames já tinham sidos remarcados três vezes, a última vez, porque os médicos que realizavam os procedimentos resolveram antecipar suas férias. “Meu filho gemia de dor, e ninguém descobria o que ele tinha.

Fiquei dias tentando realizar esses exames e não consegui.

Fui informada que só haveria vagas para o dia 18 de janeiro, porém ele não podia aguardar tanto tempo assim, ele estava sofrendo de dor, além disso, as medicações injetadas não estavam mais surtindo efeito”, diz a mãe de Haziel, Handoram Maria de Moura, em documento distribuído pela entidade.