A Associação de Defesa dos Usuários, Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps) divulgou que, por meio de sua ouvidoria, teria constatado, após fiscalização, no dia 24 de abril, no Hospital da Restauração (HR), centro do Recife, irregularidades estruturais na unidade.
O primeiro exemplo de precariedade foram os basculantes, já noticiados em agosto do ano passado, após um homem cometer suicídio pulando do quinto andar por uma dessas janelas.
Algo, que segundo a ouvidoria, poderia ser evitado se fossem instaladas grades de proteção. “Outro absurdo foram os acúmulos de material de uso pessoal trazidos por pacientes e acompanhantes, que se acumulavam em cadeiras plásticas, por falta de armários”.
Para a ouvidoria, isso não é apropriado, pois alguns pacientes guardam alimentos que podem trazer baratas e ratos para o local.
O descaso parece não ter fim, diz a entidade. “Os vasos sanitários, tanto dos pacientes como no setor de repouso da equipe multidisciplinar do hospital, estão sem tampas.
Alguns banheiros possuem bacias plásticas para a higienização dos pacientes, algo também, conforme a fiscalização é inapropriada, pois as bacias vão de banheiro em banheiro, podendo torna-se foco de transmissão de bactéria, algo que pode causar contagio de translado”.
Por fim, a ouvidoria constatou vazamentos no teto de algumas enfermarias, obrigando alguns leitos a serem interditados, prejudicando o fluxo de pacientes que aguardam por vagas na unidade de trauma, causando superlotação na unidade.
Além de interruptores que dão choque, no setor de repouso dos funcionários.
Bem como, a interdição da UTI Pediátrica, há dois meses, sem previsão de início e conclusão. “Esse setor, que fica no segundo andar, tem capacidade para 12 leitos, que foi removido para o quarto andar, em uma sala improvisada onde só disponibiliza sete leitos.
Algo que acarreta a longa fila de espera de crianças graves precisando de UTI, por isso, o número de óbitos pediátricos no HR tem aumentado consideravelmente”, explica o ouvidor da Aduseps, Carlos Freitas.