Foto: reprodução Por Pedro Romero No Jornal do Commercio desta quinta-feira CARUARU - O governador Eduardo Campos (PSB) demonstra, a cada diz, que seu projeto presidencial é mesmo pra valer.
Ontem, ao iniciar pela Fazenda Normandia, neste município, uma maratona de três dias de agenda pelo interior pernambucano, o presidenciável socialista mandou um recado direto: “Quem viver verá”, disse, confiante, ao ser perguntado por repórteres sobre o que ele pode fazer mais pelo Brasil.
A indagação foi uma referência ao mote “fazer mais”, adotado pelo governador em suas críticas ao governo Dilma Rousseff (PT) e nas inserções do PSB, respondidas esta semana pelo PT - também em inserções na TV - com o “fazer cada vez mais”.
A frase foi lançada logo depois das comemorações do Dia do Trabalho, celebradas pelo governador junto a integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST), no assentamento Normandia, nesta cidade do Agreste.
Para Eduardo, é importante todos admitirem que é preciso fazer mais. “Ruim na vida é quando a gente acha que já fez tudo e começa a contar o que já foi.
O importante, em todos os níveis, é que todos se sintam desafiados a fazer mais e melhor”, enfatizou.
O socialista disse que não assistiu as inserções do PT, onde o partido “rebateu” o mote do PSB, e arrebatou: “É assim e vai continuar assim”.
Mesmo assim, acrescentou que não sentiu que a frase-slogan usada pelo PT fosse um recado indireto para ele. “Não entendo como um recado.
O meu também não foi um recado.
Eu acho que, na verdade, nós conseguimos construir um entendimento muito bom, independentemente de eleição”, pontuou.
Eduardo Campos explicou porque tinha preferido comemorar o Dia do Trabalho na zona rural e não em eventos em São Paulo, um deles promovido pela Força Sindical. “Recebi vários convites, inclusive o da Força Sindical, mas nesse momento quem está passando a situação mais difícil, mais dura, são os trabalhadores do semiárido.
Então, o melhor lugar para comemorar o 1º de Maio era ir para o campo, no meu Estado, e tive e alegria de ver um pouco de chuva chegando”.
O governador também falou sobre o convite que teria sido feito por ele para que o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Beltrame, disputasse o governo do Rio pelo PSB, ano que vem.
Segundo ele, não foi um convite oficial, mas uma conversa depois de uma reunião de trabalho. “Eu disse (a Beltrame) que se um dia ele decidisse entrar na disputa, pensasse no PSB.
Foi isso que houve, não foi um convite específico para disputar um cargo específico.
O que eu disse, eu reafirmo hoje.
Se ele pensar em política, o PSB está à disposição”, ressaltou, deixando as portas do seu partido abertas para o secretário.