Bruna Serra, no JC Online PALMARES - Apesar do flerte eleitoral com o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT- SP), que preside a Força Sindical, o governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), se posicionou contrário à indexação dos salários.
A proposta foi lançada na quarta-feira (1º) durante as comemorações do Dia do Trabalhador.
Os sindicalistas querem a volta do gatilho salarial, no qual os salários passam a ser reajustados cada vez que a inflação acumular alta de 3%. “A indexação pode ser um remédio hoje, vindo num frasco de remédio que pode ter veneno dentro, atingindo sobretudo aqueles mais vulneráveis que são os assalariados e quem trabalha por conta própria”, se posicionou.
O governador defendeu, entretanto, um esforço coletivo para combater a alta dos preços. “Temos que fazer um esforço para desindexar a nossa economia.
Não podemos de maneira alguma dar passos que retroajam no sentido de alimentar o processo inflacionário”, ressaltou durante agenda administrativa de vistoria da barragem de Serro Azul, em Palmares.
Alertando que o controle da inflação “é a grande conquista da nação brasileira”, Campos reafirmou o discurso de preocupação com a economia. “Ainda temos muita coisa indexada na nossa economia.
Nós precisamos preservar a renda da classe trabalhadora.
Sabemos que a inflação ajuda a preservar o patrimônio dos ricos, dos que tem dinheiro e das instituições financeiras”, concluiu.