Na avaliação de 54% dos professores da rede pública de ensino de Pernambuco, os espaços físicos, os equipamentos e o ambiente de planejamento pedagógico são inadequados para o desenvolvimento da aula-atividade na escola. É o que aponta a pesquisa “Trabalho na educação básica no estado de Pernambuco”, coordenada pelo Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente (Gestrado) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Os dados parciais do levantamento foram apresentados na última semana.

A sondagem também mostrar que 30% dos professores afirmam ter aumentado o número de alunos por turma nos últimos anos, 67% consideram que houve alteração no perfil dos seus alunos, 53% declaram ter havido acréscimo de novas funções e atribuições na jornada de trabalho, 40% afirmam ter alunos com necessidades especiais em suas turmas, no entanto apenas 20% dos mesmos responderam receber orientações para o trabalho com estes docentes.

Das perspectivas para a melhoria da qualidade foram apontados: receber melhor remuneração, receber mais capacitação para as atividades que exerce e reduzir o volume de tarefas.

Além do Recife, a pesquisa está sendo realizada em escolas públicas de 17 municípios pernambucanos.

A estimativa é entrevistar 1.500 profissionais em educação.

A pesquisa está em uma segunda fase e abrange cinco estado, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Goiás e Paraná.

O estudo foi encomendado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) e conta com o apoio da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação.

Além da rede estadual, pela primeira vez, as escolas municipais fazem parte de um levantamento deste tipo.

Os primeiros resultados da pesquisa são referentes às escolas estaduais, municipais e creches conveniadas do Recife.

A pesquisa contou com 496 respondentes no Recife (307 docentes e 189 funcionários de escola), com um questionário contendo 70 questões.

Entre as escolas que fizeram parte dessa primeira parte estão: Escola de Referência Senador Paulo Pessoa Guerra, Escola Municipal Futuro Feliz, Escola Estadual Jornalista Costa Porto, entre outras.