Relatório das escolas da rpa 1 from Jamildo Melo O presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Turismo da Câmara Municipal do Recife, vereador André Régis, (PSDB) acaba de anunciar a conclusão do segundo relatório sobre a real situação da rede escolar pública municipal do Recife, cujas pesquisas de campo e documentação fotográfica cobriram todas as 15 unidades escolares localizadas na Região Político Administrativa 1 (RPA-1), extensão circunscrita a uma área cujo raio se estende do bairro do Derbi ao bairro do Recife antigo.

Mobilizando uma equipe cujos integrantes cursam universidades ou são graduados em terceiro grau (alguns com mestrado em suas carreiras), André Régis afirmou que os resultados obtidos no atual estágio do projeto a ser concluído em agosto vindouro “confirmam a preocupação de se constatar que as escolas públicas do Recife apresentam baixos índices de aproveitamento pedagógico, estão classificadas entre as piores médias do IDEB no país e exigem uma mudança drástica no seu sistema de gestão haja vista os graves problemas estruturais que comprometem o desempenho de mestres e alunos”.

O relatório liberado pelo vereador tucano resulta de visitas técnicas na RPA-1 em cujo conjunto de unidades escolares os cálculos realizados revelam uma média IDEB de 3.9 para o ensino Fundamental I e de 2.9 para o ensino Fundamental II.

Ressalta que a média do IDEB obtida pelo ensino Fundamental 1 na RPA-1 é inferior à média geral do Recife.

Já a sua média IDEB no Fundamental 2 é igual à da capital pernambucana, uma das mais baixas do país. “Se compararmos a média IDEB da RPA-1 com a média das capitais brasileiras, a área aqui focalizada ficaria posicionada no 25º lugar em relação ao ensino Fundamental 1.

No Fundamental 2 esse conjunto de escolas estaria classificado na 24ª posição”, comenta Régis.

Na RPA-1 há unidades, como é o caso da Escola Municipal dos Coelhos, que apresentam sérios problemas de infiltração, rachaduras em paredes, vazamentos no sistema hidráulico e rachaduras no meio do piso de um segundo andar que podem oferecer riscos aos alunos.

Aliás, os problemas de infiltração são muito frequentes, o que permite concluir que os prédios escolares não recebem a devida manutenção e estão condenados à deterioração.

Há absurdos ou descasos inaceitáveis como na Escola Municipal do Coque cujos computadores, adquiridos pelo poder público para ampliar o acesso das crianças às novas tecnologias do ensino, não funcionam e permanecem desligados porque até hoje não compraram meros adaptadores para as suas tomadas elétricas.

Também na RPA-1 poucas são as escolas que possuem banheiros com instalações apropriadas aos portadores de necessidades especiais.