Em protesto realizado na última terça-feira (23), na UFPE, quando servidores da universidade se manifestaram contra a contratação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para administrar o Hospital das Clínicas, um membro da segurança patrimonial foi flagrado, a paisana, fotografando e gravando áudio no protesto.

Questionado pelos manifestantes, ele teria dito que estava a serviço do Sistema de Inteligência Institucional.

Por conta do ocorrido, o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais de Pernambuco (Sintufepe) encaminhou ofício ao reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, solicitando um posicionamento acerca do ocorrido, denunciando - além da arapongagem - perseguição e violência aos funcionários contrários à contratação da Ebserh.

A diretoria do sindicato acusa a administração da UFPE de colocar os trabalhadores uns contra os outros, quando põe a segurança patrimonial da universidade para reprimir com violência o movimento; além de lançar mão de recursos altamente repugnantes, utilizados pela ditadura militar, como arapongagem e a infiltração de pessoas no movimento.

Episódio parecido foi recentemente denunciado, na greve dos portuários de Suape, onde o palácio do planalto montou uma operação para monitorar a movimentação sindical no porto.

Ação coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e executada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Leia o ofício enviado pelo Sintufepe ao reitor da UFPE.