Foto: reprodução Dentre 21 países pesquisados, o Brasil ocupa apenas a 18ª posição no ranking dos mais ativos no uso de impostos como uma ferramenta para impulsionar o comportamento corporativo sustentável e atingir os objetivos de uma política verde (ou ecológica).
A constatação está no primeiro Índice de Imposto Verde da KPMG, publicação da KPMG Internacional que analisa incentivos fiscais verdes e penalidades em 21 principais economias.
O levantamento explora a forma como os governos estão utilizando os seus sistemas fiscais para responder aos desafios globais, incluindo segurança, escassez de água e energia, poluição, mudanças climáticas e inovação verde. “Os governos de todo o mundo estão enfrentando os desafios de mudanças ambientais e sociais, incluindo o crescimento populacional, segurança energética, escassez de água e mudanças climáticas.
Como resposta, estão usando cada vez mais os impostos como uma ferramenta para mudar o comportamento das empresas e ajudar a atingir os objetivos de políticas verdes”, afirma Sergio Schuindt, sócio da área de Impostos da KPMG no Brasil. “Consequentemente, os incentivos e penalidades fiscais estão se proliferando.
O imposto verde pode ter um impacto significativo sobre as decisões de investimento das empresas, especialmente, para as multinacionais, e pode viabilizar ou não projetos que visam reduzir custos, aumentar a eficiência, impulsionar a inovação e possibilitar a transformação”, completa o executivo.
A tributação verde é uma área em rápida evolução e cada vez mais complexa, exigindo tempo, esforço e recursos da área de gerenciamento tributário.
No entanto, se enfrentados com conhecimento e proatividade, os desafios se transformarão em oportunidades.
O levantamento aponta que pelo menos 30 novos incentivos, penalidades ou mudanças significativas na regulamentação de impostos verdes foram introduzidas nos países estudados desde janeiro de 2011. “A abordagem proativa para o imposto verde pode ajudar as empresas a reduzir o custo dos investimentos estratégicos, promover a inovação, aumentar a eficiência e assegurar a vantagem competitiva”, conclui Yvo de Boer, Assessor Global Especial da KPMG para Mudanças Climáticas e Sustentabilidade.
Segue o ranking dos países pesquisados. 1º Estados Unidos; 2º Japão; 3º Reino Unido; 4º França; 5º Coreia do Sul; 6º China; 7º Irlanda; 8º Holanda; 9º Bélgica; 10º Índia; 11º Espanha e Canadá; 13º África do Sul; 14º Cingapura; 15º Finlândia e Alemanha; 17º Austrália; 18º Brasil e Argentina; 20º México; 21º Rússia;