Propaganda partidária do PSB, 25/4/2013 (9:59) e outros vídeos - TV UOL Vazou nesta quinta-feira (25) a propaganda partidária do PSB, que vai ao ar esta noite.

Na peça, de 10 minutos, há referências a 1984, quando o Congresso Nacional cedeu às pressões pelas Diretas Já.

Como esperado, a propaganda é carregada principalmente pelo governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos, que tem buscado fortalecer sua imagem para uma candidatura à Presidência da República.

E ele não esconde isso na peça publicitária.

Como tem feito há algum tempo, Eduardo Campos adota um discurso com um resgate histórico respeitando ordem cronológica, onde, degrau por degrau, dá a entender que “é preciso mudar” para avançar. “O Brasil mudou muito nos últimos 30 anos.

Conquistamos o direito de eleger nossos governantes e construímos uma democracia sólida.

Elegemos um intelectual, um operário - um filho do povo - e a primeira mulher presidente da República”, inicia. “Alcançamos e mantivemos a estabilidade econõmica.

Retiramos, juntos, mais de 20 milhões de brasileiros da miséria absoluta”, segue, se colocando - com direito - como parte do projeto político encabeçado pelo PT.

Ao resgatar as mudanças pelas quais passaram o País nas últimas décadas, Eduardo Campos afirma que “todas estas mudanças só foram possíveis porque tivemos como alicerce um amplo pacto social e político.

Uma união de forças que o País exigiu toda vez que precisou passar para um novo patamar histórico”.

E completa. “E é isso que precisa acontecer agora.

Um pacto em torno de ideias e compromissos com o Novo Brasil”.

A partir daí, as críticas. “Avançamos, mas deixamos de fazer mudanças fundamentais.

Temos um estado antigo, seja na esfera municipal, estadual ou federal.

Ainda traz as marcas do atraso e do elitismo.

Um Estado que pouco tem avançado como provedor de serviços de qualidade e como agente de desenvolvimento.” “Temos relações extremamente desiguais na divisão de recursos e responsabilidades entre a União, os estados e os municípios.” E volta a se lançar. “Ou avançamos agora ou corremos o risco de regredir nas conquistas do nosso povo.” “Temos que ter a humildade de admitir e a coragem de enfrentar os problemas que estão aí, batendo à nossa porta.

O Brasil precisa dar um passo adiante.” “E nós do PSB, vamos dar este passo, junto com o Brasil.” O texto segue exaltando o potencial do País, mas com críticas à infraestrutura - responsabilidade da administração pública. “Temos um País que nos estimula.

Mas temos, dentro dele, um País que nos pede para fazer mais”.

E volta Eduardo Campos, desta vez criticando o Pacto federativo vigente. “É preciso fazer mais.

Essa responsabilidade não é apenas do Governo Federal. É também dos estados e municípios, que precisam adotar uma nova prática política, com mais transparência e participação popular.

Mas a verdade é que faltam recursos aos estados e municípios.

Um dinheiro que hoje está concentrado nos cofres da União.” “Mesmo assim, os estados e os municípios estão investindo mais que o Governo Federal em setores como a educação e a saúde.

Por mais que se faça, o dinheiro ainda é pouco.

E quem paga mesmo a fatura é a população que fica desassistida”, afirma Eduardo Campos, seguido de gráficos comparando os números de participação do Governo Federal nas pastas citadas, no passado e hoje. “Agora não podemos transformar essa discussão numa quebra de braço entre a União, os estados e os municípios.

A responsabilidade é de todos.

O País é um só.

O povo é um só.

E o nosso compromisso tem que ser com todo o Brasil.” Também é criticado o adiamento de mudanças como do Pacto Fiscal, Pacto Federativo e a Reforma Política.

E volta a atacar. “Para avançar não temos outra escolha. É preciso contrariar os interesses da velha política, que estão instalados na máquina pública”. “cargo público tem que ser ocupado por quem tem capacidade, mérito, sobretudo espírito de liderança.

E não por um incompetente, que é nomeado somente porque tem um padrinho político forte.” Apesar do discurso eleitoral, Eduardo Campos diz que não é hora de montar palanque, mas de montar canteiros de obras e fortalecer a economia.

A peça traz ainda modelos representando os avanços conquistados nos últimos anos no âmbito social, como a conquista de moradia e comida. “Mas agora eu quero crescer.

Quero ser tratada com dignidade”, afirma uma das modelos, em consonância com o discurso de Eduardo, de que o momento agora é de “avançar mais”.

Também aparecem no guia o senador Rodrigo Rollemberg, que cita a também socialista Lídice da Mata como relatora da PEC das Domésticas.

Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara dos Deputados e cotado para assumir a coordenação da campanha nacional de Eduardo Campos, faz elogios às administrações do PSB em Belo Horizonte, Pernambuco e até no Ceará, gerido pelo desafeto de Eduardo, Cid Gomes.

O PSB é colocado como o partido que mais cresceu nas últimas eleições e sigla do prefeito e do governador mais bem avaliados do Brasil, respectivamente Márcio Lacerta (Belo Horizonte) e Eduardo Campos (Pernambuco).