Sem alarde, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) julgou, na quinta-feira da semana passada (18/04), as contas do ex-prefeito do Recife João Paulo Lima e Silva (PT), que teve sua prestação de 2005 aprovada por dois votos a um.
Desde então, o Blog de Jamildo busca informações oficias e nada de o TCE se posicionar.
Nesta terça-feira, foi publicado o acórdão onde aprovaram as contas.
A movimentação para aprovar as contas da Prefeitura tem a ver com a liberação de empréstimos que Geraldo Julio está atrás e que ficariam prejudicados pela rejeição das contas da PCR.
Ato continuo, observa-se que quem ingressou com os embargos de declaração já foi o secretário de assuntos jurídicos de Geraldo Julio, Ricardo Correia.
Briga entre João da Costa e João Paulo nos bastidores?
De acordo com informações de bastidores, teria acontecido mais um embate de bastidores entre os ex-prefeitos João Paulo e João da Costa, mais uma vez envolvendo um julgamento no TCE.
Como noticiado pelo Blog do Jamildo, em maio de 2012, na semana das prévias petistas, que acabaram canceladas, o TCE colocou em pauta um processo de João da Costa, ainda como secretário de Planejamento, o que poderia tornar João da Costa inelegível.
Naquela ocasião, o julgamento acabou adiado, após João da Costa alegar que era uma estratégia de Maurício Rands para inviabilizar seu nome e a procuradora geral do TCE, Eliane Guerra, ter dito que iria pedir vista do processo.
O problema neste momento é que o grupo político de João Paulo desconfiou que João da Costa estava manobrando, nos bastidores, para que as contas do antecessor fossem rejeitadas, supostamente “devolvendo o favor” do ano passado, da semana anterior às prévias.
João da Costa não descarta uma candidatura majoritária ano que vem e seria ótimo tirar João Paulo da fila.
Segundo pessoas ligadas a João Paulo, um fato estranho ocorreu.
Em setembro de 2011, a procuradora Eliane Guerra deu parecer pela aprovação das contas de João Paulo, mas, em março de 2013, juntou ao processo outro parecer, sem nenhum novo fato, mas desta vez pedindo a rejeição das contas.
A procuradora é ligada ao deputado estadual André Campos, o maior aliado de João da Costa dentro do PT.
O filho da procuradora, João Marcelo Lapenda de Moraes Guerra, trabalha no gabinete do deputado.
Este mesmo filho trabalhou na Secretaria de Turismo da PCR, na gestão de João da Costa.
A relatora do processo, Alda Magalhães, votou pela rejeição, seguindo o segundo parecer da procuradora, mas os conselheiros Romário Dias e João Campos discordaram e votaram pela aprovação.
A relatora alegou que João Paulo não cumpriu a determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que determinada a aplicação de 25% do orçamento da Prefeitura em educação.
Na defesa, o petista incluiu gastos com fardamento e conseguiu ser aprovado.