O presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), disse ao Blog de Jamildo, ainda há pouco, que a Aneel justificou o aumento para os consumidores residenciais, nesta tarde, em audiência pública para a revisão da conta da Celpe, com o custo de ligação das termoelétricas, no período de maior estiagem, em que as hidrelétricas contam com menos água para produzir energia.
No dia 20 de março, a Aneel havia informado que os consumidores iriam pagar menos pela conta de luz em Pernambuco a partir de abril.
O anúncio foi feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em audiência pública na Câmara Federal naquela data e confirmado pela assessoria de imprensa do órgão.
Na época, não foi revelado o percentual definitivo.
Inicialmente, havia sido divulgado um aumento de 6,2% para os consumidores residenciais.
Segundo informaou a Aneel, então, a revisão do reajuste teria sido possível após um decreto presidencial, assinado naquele mês, que permite repassar recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) - fundo do governo federal - para as distribuidoras de energia recorrerem às usinas termelétricas.
A energia térmica é mais cara, mas terá de ser usada já que os reservatórios das hidrelétricas estão baixos.
No fim do ano passado, as áreas de reserva de água atingiram o menor nível dos últimos dez anos.
A tarifa atual vale até 28 de abril e a Agência decidirá até o dia 16 do mesmo mês o percentual de reajuste que será aplicado.
A revisão tarifária ocorre a cada quatro anos. “Vamos pedir uma auditoria ao Tribunal de Contas da União.
Para passar a limpo.
Segundo a Aneel, como estão ligadas, as térmicas impactam a conta.
Hoje, a Celpe compra a energia a R$ 160 a Termopernambuco, mas já comprou a R$ 350,00”, comparou.
Na avaliação do deputado federal, a situação poderia ser pior. “Foi uma vitória.
O aumento de 6% anunciado é que seria um desastre, seria ruim para todos”, comentou.