Na tarde desta segunda-feira (22), a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) participa de audiência pública coordenada pelo ministro Luiz Fux no Supremo Tribunal Federal (STF), onde defenderão a manutenção das queimadas nas plantações de cana, que seria justificada pela topografia.
Apesar do cenário completamente favorável ao fim das queimadas, apenas com data a ser definida pela legislação, a Unida argumenta que as condições naturais da região e a limitação tecnológica da agricultura local inviabilizam o fim das queimadas.
Para a Unida, a lei apenas promoverá desemprego e queda de produção da cana de açúcar, ampliando prejuízos econômicos e sociais.
O principal argumento da União Nordestina dos Produtores de Cana é quanto à topografia acidentada da região. “Não temos tecnologia capaz de realizar o corte na maior parte das áreas. É preciso um grande investimento financeiro, o que é inviável para os 22 mil pequenos e médios produtores de cana nordestinos”, afirma Alexandre Andrade Lima, presidente da Unida.
Para ele, a situação implicará na extinção de 218 mil postos de trabalho.