O procurador-geral de Justiça Aguinaldo Fenelon recebeu neste domingo, das mãos do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, em Ouro Preto, a Grande Medalha da Inconfidência, mais alta condecoração do governo mineiro.
Nesta 62ª solenidade anual de entrega da comenda, Fenelon foi o único integrante do Ministério Público estadual brasileiro, fora de Minas Gerais, a receber a homenagem.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, agraciado com o Grande Colar da Inconfidência, fez o discurso de agradecimento em nome dos homenageados.
Durante seu pronunciamento, Joaquim Barbosa ressaltou valores como liberdade e igualdade e se referiu a Tiradentes como um “herói”.
O ministro destacou o “legado republicano” do mártir mineiro para a conquista da independência. “Tal como Tiradentes, inúmeros mineiros desbravaram caminhos que levaram à construção da nossa República, tornando o Brasil um país melhor para os que aqui viviam e decidiram aqui viver”, disse no encerramento da cerimônia.
Além de Joaquim Barbosa e de Fenelon, destacaram-se entre os condecorados no Dia de Tiradentes a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi Hoffmann; o ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp; os ministros Rosa Weber (STF), Laurita Vaz e Sebastião dos Reis Júnior (Superior Tribunal de Justiça); e o procurador geral de Justiça de Minas Gerais, Carlos André Mariani Bittencourt.
Os homenageados foram recebidos na Praça Tiradentes, no centro de Ouro Preto, pela Guarda de Honra da Polícia Militar com uma salva de 21 tiros.
A solenidade foi marcada por ritos, como a chegada do chamado fogo simbólico.
Cerca de mil cavaleiros se revezaram num percurso de 355 quilômetros, passando por várias cidades históricas, até chegar em Ouro Preto com uma tocha.
A Medalha da Inconfidência foi criada, em 1952, pelo então governador Juscelino Kubitschek, para homenagear pessoas que prestaram relevantes serviços e contribuíram para a promoção de Minas e do Brasil.