Na tentativa de minimizar as críticas feitas pelo governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), à possível candidatura do governador Eduardo Campos (PSB) a presidente em 2014 e não demonstrar fragilidade no partido, a ordem dentro do PSB é não polemizar com o cearense.

Seguindo esta linha, Eduardo, presidente nacional da legenda, não comentou as recentes declarações de Cid de que Eduardo “está perdendo a noção” e “encantado pela direita” por ter dito que não é “um desastre” aumentar os juros para conter a inflação.

Em entrevista à imprensa durante visita a Surubim, no Agreste de Pernambuco, nessa quinta (18), o governador pernambucano limitou-se a dizer que a sigla tem democracia interna. “O crescimento do PSB tem feito bem ao Brasil, porque tem trazido a possibilidade de discutir com tranquilidade, fazer o bom debate que a democracia nos permite fazer”, desconversou.

Embora Eduardo exalte o diálogo interno, seu grupo político sabe que tem maioria internamente.

Interlocutores do socialista contam que ele detém apoio de pelo menos 90% dos correligionários.

Também esta semana, o ex-ministro Ciro Gomes, irmão de Cid, avaliou como “inoportuna” a candidatura de Eduardo ao Palácio do Planalto.

Os irmãos Gomes têm defendido a permanência do PSB na base governista.

Em 2010, Ciro queria ser candidato a presidente, mas foi limado pelo apoio que Eduardo garantiu à então candidata Dilma Rousseff (PT).