Mais veloz do que anda o trânsito na capital pernambucana, o governo Geraldo Júlio começa a debater oficialmente, pouco depois dos 100 dias de gestão, na Câmara Municipal do Recife, a proposta do rodízio de carros no Recife.

O líder do governo na Câmara Municipal, Gilberto Alves, revelou, ainda há pouco, no programa CBN Total, com Aldo Vilela, que apresentará o projeto de lei prevendo a restrição de horários para a Comissão de Transportes da Câmara já na próxima semana.

A comissão é presidida pelo petista Jurandir Liberal, que já manifestou publicamente aprovar a idéia do rodízio de carros. “Não dá para resolver os problemas do trânsito com soluções fáceis.

Precisamos de medidas impopulares sim ou se trava o trânsito”, defendeu.

Depois de um debate interno na Comissão de Transportes, o assunto é relatado e pode ser levado ao conjunto dos vereadores, para deliberação.

A Comissão de Transportes é que definirá uma data para que o projeto siga para o plenário.

A líder da oposição, Aline Mariano, disse, na CBN também que não era razoável ser contra ou a favor antes da apresentação oficial do projeto.

Apesar da observação, não deixou de criticar a iniciativa. “A restrição dos carros é preocupante.

O que precisa ser feito é qualidade no transporte, linhas integradas e metrô”, disse.

Ela também afirmou que o plano de mobilidade do governo João da Costa era superficial e uma carta de intenções. “Vou continuar batendo na herança maldita”, prometeu.

Gilberto Alves rebateu Aline Mariano. “O nosso projeto de restrição é melhor, é menos radical.

O rodízio impõe as placas que podem ou não ir na esquina.

Na restrição que iremos fazer, a proibição ocorre em em determinada faixa ou via.

O cidadão pode fazer outro recurso”.

Solicitada a dar uma nota ao prefeito Geraldo Júlio, a vereadora de oposição tocou. “Não vou dar essa nota.

Quem dá a nota é a população.

Mas posso dizer seguramente que não aprovo a gestão Geraldo Júlio”, disse.

O líder do governo não apenas deu 10 como elogiou o prefeito. “É um aluno laureado (nestes 100 dias).

As pesquisas mostraram isso”, observou.