Foto: Bernardo Soares/JC Imagem Por Ayrton Maciel, do Jornal do Commercio Encurralados por críticas em série da bancada estadual do PSDB, alinhada ao presidenciável Aécio Neves, o PT estadual e o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu (PT), condenado a dez anos pelo episódio do mensalão, receberam a defesa inesperada, nessa terça-feira, no plenário da Assembleia Legislativa – contra a contundência dos adjetivos e substantivos tucanos – do líder da bancada do governo Eduardo Campos (PSB), o socialista Waldemar Borges.

Eduardo interessa à direita, avalia Dirceu Para espanto de petistas e tucanos, Borges contestou o líder do PSDB, Betinho Gomes, e deputados tucanos que disparavam de forma intercalada censuras ao PT por trazer Dirceu a Pernambuco, para comemorar os dez anos do partido no poder. “A principal figura do escândalo do mensalão vem aqui passar carão em alguns aliados como se nada tivesse acontecido”, disparou Betinho, referindo-se a críticas do petista ao PSB e ao projeto presidencial de Eduardo. “É uma agressão aos políticos que defendem a ética.

Dirceu não é nenhum exemplo a ser seguido.

O STF está afrontado”, reforçou Terezinha Nunes.

Rebatidos por petistas – a deputada Teresa Leitão inclusive pôs em questão a “isenção política” do STF ao condenar José Dirceu –, os parlamentares da oposição acabaram surpreendidos pela intervenção do socialista Waldemar Borges, que momentos antes havia confidenciado que não iria se manifestar.

Em defesa do PT e de Dirceu, Borges acabou disparando contra o PSDB. “Não enxerguei ataque à honra de ninguém, nem a nenhum partido.

Zé Dirceu emitiu opiniões políticas que defende.

Ele cobra aliança, mas lança candidatura (Dilma Rousseff à reeleição). É legítimo, como também aos demais partidos, discutir candidatos.

Não endosso o discurso de V.

Exa. (Betinho).

Aliás, há questionamentos sobre o mensalão do PSDB (Minas Gerais).

O senhor diz que o partido vai punir.

Eu prefiro acreditar na democracia”, ironizou Borges.