Foto: reprodução No Jornal do Commercio desta terça-feira Ao visitar o Estado do senador Aécio Neves (PSDB) ontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que avanços sociais ocorridos em Minas Gerais na última década foram resultados de ações federais, e não do governo do tucano (2003-2010).

O ex-governador de Minas deve ser adversário da presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa pela Presidência nas eleições de 2014. “Não é caso de fazer inventário completo do que o governo federal fez na última década pelo desenvolvimento econômico e social deste Estado”, afirmou Lula. “O povo de Minas, mais do que ninguém, sabe como e por que sua vida melhorou”, completou o ex-presidente, agraciado pela Assembleia Legislativa com o título de cidadão honorário de Minas.

A declaração foi feita poucas horas antes de a presidente chegar ao Estado para participar de seminário sobre os dez anos do PT na Presidência, ação criticada por tucanos como “eleitoreira”.

Em discurso, Lula elogiou Dilma e disse que o volume de recursos aplicados em Minas pelo governo federal “é excepcional”.

O presidente da Assembleia mineira, Diniz Pinheiro (PSDB), se contrapôs à fala. “O que o governo mineiro vem fazendo no Estado nos últimos anos mostra um crescimento econômico formidável, acima da média nacional”, afirmou.

INFLAÇÃO - O ex-presidente Lula também minimizou o impacto da inflação sobre a campanha de Dilma à reeleição em 2014.

Segundo Lula, “ninguém vai crer que o tomate possa ser o responsável pela desgraça econômica no país”. “Como não foi o chuchu no tempo de Delfim Netto.” “Posso contar uma experiência de vida que tenho com oito anos de Presidência.

Primeiro, nós temos uma inflação causada por aumento de preços de produtos sazonais”, disse o ex-presidente, citando o caso do tomate.

De acordo com ele, “tudo isso é resolvido no médio prazo”. “Portanto, acho que a inflação estará controlada.” Lula admitiu ainda ser importante que o produto interno bruto (PIB) cresça um pouco mais, mas afirmou que não basta que o PIB cresça se não há distribuição de renda. “Embora em 2011 e 2012 o PIB não tenha crescido como queríamos, no ano passado se gerou neste país 1,3 milhão de empregos.

Se há um brasileiro que não perde o otimismo sou eu”, disse Lula, afirmando que dorme tranquilo com a cabeça no travesseiro por confiar na competência de Dilma.