Foto: Heudes Régis/JC Imagem Cotado para disputar a Presidência da República em 2014, o governador Eduardo Campos (PSB) será o centro das atrações de dois eventos com parlamentares em Brasília nesta terça-feira (16).
Trata-se de um almoço e um jantar articulados pelos senadores Armando Monteiro Neto (PTB) e Jarbas Vasconcelos (PMDB), respectivamente.
Na primeira agenda, Eduardo sentará à mesa com 13 senadores do PTB, PR, PSC e PSL, de diversos Estados, como Alagoas, Piauí, Roraima e Maranhão.
No cardápio, estará uma discussão sobre questões federativas como renegociação de dívidas e uma nova forma de distribuição de recursos entre União, Estados e municípios. “É uma reunião do bloco que eu integro no Senado.
Temos este encontro toda terça e convidamos uma pessoa.
Há mais ou menos um mês, os companheiros lembraram do governador para falar sobre a agenda federativa.
Como ele não pôde atender este compromisso antes, vamos fazer agora”, explicou Armando, tratando de desvincular o evento do viés eleitoral. À noite, Eduardo encontra-se com outros senadores, em um jantar que ele mesmo classificou como “uma conversa, sem pauta específica”, em entrevista à imprensa após a inauguração do Terminal Integrado da Imbiribeira, no Recife, nessa segunda (15).
Oito parlamentares confirmaram presença, além de Armando e Jarbas.
A agenda na Capital Federal ainda contará com visitas administrativas a ministros, cujos nomes não foram divulgados pela assessoria de imprensa do governo até o fim da noite de segunda (15) Apesar de não falar sobre a virtual candidatura ao Planalto, o governador mantém discurso de candidato.
Em pronunciamento durante a inauguração do Terminal Integrado, voltou a lembrar das desigualdades sociais do Brasil e defendeu a abertura do diálogo com a sociedade. “Não abrimos nenhum terminal desse sem dialogar.
Não quer dizer que a gente tem solução para tudo, mas, quando há boa vontade, quando há capacidade de ouvir, quando levamos em consideração o que os outros dizem, normalmente a gente acerta mais do que erra, porque muita gente olhando para um problema é mais fácil de resolvê-lo”, disse.
Ele ainda enfatizou que, apesar de o ex-presidente Lula “ter liderado um processo de inclusão social importante”, ainda há muita desigualdade no País. “Temos um limitador para legar um transporte de qualidade: a desigualdade de renda no Brasil.
Ainda há muitas pessoas vivendo com muito pouco.
O desafio aqui é fazer mais com menos”.
Eduardo também criticou as altas taxas de indexação pagas pelos Estados e municípios em dívidas com a União. “O governo fez um enorme esforço para baixar a taxa Selic (taxa básica de juros).
Não pudemos achar que os Estados e municípios, sobretudo os mais pobres, continuem a pagar uma taxa de referência que é quase um dobro da Selic”, disparou o governador, ao ser questionado sobre os projetos em tramitação no Congresso que diminuem esses valores.