O presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Turismo da Câmara Municipal do Recife, vereador André Régis (PSDB), denunciou nesta segunda-feira, na Câmara Municipal, mais uma situação inusitada, envolvendo uma escola municipal. o trabalho faz parte do relatório técnico que ele vem realizando sobre a situação da rede pública de ensino do Recife.

Quando se imagina que não falta mais nada, o vereador anunciou hoje que a Escola Municipal Rozemar de Macedo Lima localizada na Avenida Norte, 5400, Casa Amarela, inaugurada em 2010 pela prefeitura do Recife, nunca foi ligada ao sistema de água da Compesa e costuma frequentemente ter suas aulas suspensas e canceladas por falta de condições mínimas de higiene.

A escola trabalha com educação infantil e ensino fundamental I para 196 alunos no turno da manhã em sete turmas, 196 crianças em sete turmas pela tarde e ainda 125 alunos no turno da noite em cinco turmas de Educação de Jovens e Adultos, “Os carros-pipa contratados pela prefeitura não realizam as entregas de acordo com um cronograma rigoroso e a escola recebe apenas quatro garrafões por dia de água mineral quando necessita de pelo menos dez garrafões.

As crianças e os professores não têm água para beber, os banheiros ficam sujos e as torneiras secas”, diz o vereador.

As pesquisas de campo são documentadas com fotos e feitas por uma equipe formada de jovens com graduação universitária ou em fase de conclusão de cursos superiores.

A Escola Municipal Rozemar do Macedo Lima recebeu média 3.5 na avaliação feita pelo IDEB em 2011 e o cartaz informando esse desempenho nas avaliações nacionais está no pátio, visível para pais, professores e alunos.

Apesar de funcionar em um prédio novo, as instalações e serviços da Rozemar de Macedo vem comprometendo o desempenho de alunos e professores.

Tendo em vista que está longe da média da nota de referência da educação de países desenvolvidos (6.0), a escola precisa ser acompanhada e ter seus problemas estruturais amenizados ou sanados, a fim de que as projeções do MEC não sejam apenas atingidas, mas também superadas.

A escola depende de caminhões pipa para garantir a limpeza do prédio e do envio de botijões de água mineral para consumo humano.

Mesmo recebendo água, a quantidade enviada não supre a demanda: por vezes o caminhão pipa tarda a chegar e a Prefeitura só garante quatro garrafões por dia para dezenove turmas distribuídas em três turnos.Vale salientar que em há dias em que a água não chega, obrigando a direção a largar os alunos mais cedo ou a suspender as atividades do dia.

A equipe de visitas técnicas constatou ainda fiações elétricas expostas, assim como pequenas infiltrações e fissuras no prédio.

Além disso, a coberta em acrílico do largo corredor da escola tem aberturas laterais que provoca inundações em dias de chuva.

Com isso, nos questionamos sobre a qualidade do planejamento e execução da obra deste prédio, tendo em vista seu pouco tempo de uso (pouco mais de três anos).

Sobre as salas de aula, existem sete.

Todas são amplas, embora três delas, em decorrência do grande número de alunos, não oferecem espaço para circulação.

Todas contam com bancas adaptadas para crianças, assim como com bons armários.

As mesas dos professores precisam de manutenção ou substituição, haja vista que não estão firmes.

A iluminação é boa, com exceção de suas salas que apresentam lâmpadas queimadas.

A ventilação é péssima, mesmo com uma média de cinco a sete ventiladores funcionando por sala; com isso, seria interessante a instalação de condicionadores de ar.

As lousas de fórmica são novas, mas suas delas precisam de manutenção em decorrência de manchas provocadas pelo uso de pincel de má qualidade.

No mais, as portas de duas salas estão sem maçaneta.

Na Escola Municipal Rozemar de Macedo Lima existem três banheiros para funcionários, sendo que um deles está interditado, pois a água da caixa – instalada em um ponto baixo – não tem força suficiente para chegar lá; os outros dois são amplos, limpos e bem iluminados, mas sem tampa sanitária.

Os alunos contam com três banheiros amplos, limpos e arejados, totalizando oito cabines sanitárias sem acento e sem adaptação para crianças, como também com dois mictórios instalados em uma altura inadequada para os alunos.

Há, também, um lavabo adaptado para cadeirantes.

Nos banheiros dos alunos existem alguns problemas.

O primeiro é a falta de lâmpadas em um e falta de maçaneta na porta do outro.

Na pia de um deles há vazamento, em outro, a torneira está quebrada.

O mictório do banheiro masculino precisa ter a descarga consertada.

Além disso, apesar de ter porta larga e barra de apoio, o lavabo dos cadeirantes não tem vaso adaptado.