Uma solução para o antigo Lixão da Muribeca - um dos maiores do Brasil, fechado em agosto de 2009 - deve ser viabilizada durante uma reunião nesta terça-feira (16), às 15h, na sede da CPRH, com representantes da Prefeitura do Recife (PCR).

Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2008 atribui a PCR a solução para o chorume, líquido poluente originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos depositado em lixões e aterros sanitários. “O ambiente na reunião demonstrou uma boa vontade generalizada em se ter solução definitiva para a questão da poluição hídrica provocada pelo chorume”, avaliou o gerente de Planejamento da Secretaria de Serviços Urbanos de Jaboatão dos Guararapes, Rodolfo Aureliano.

Ele disse que o antigo lixão da Muribeca, que era um dos maiores da América do Sul, libera 7m³/hora de chorume, o equivalente a 150m³/dia e a cerca de 60 mil m³/ano. “É como se um estádio de futebol, do porte da Ilha do Retiro, cheio de chorume fosse derramado ao longo do ano no rio Jaboatão, que desemboca nas praias de Barra de Jangada e do Paiva”, adverte Aureliano, lembrando que a carga poluente do chorume é dez vezes maior que a do esgoto doméstico.

Segundo o ambientalista, a vida natural está comprometida desde as imediações do lixão até a foz Rodolfo Aureliano disse que a Prefeitura de Jaboatão tentou encontrar uma solução durante a administração do ex-prefeito João da Costa (PT) e agora acredita que passos decisivos serão dados, com Geraldo Julio (PSB). “Tudo indica que a nova administração vai querer se descolar do descaso em relação ao passivo ambiental herdado da gestão anterior”, avaliou, lembrando que na reunião da semana passada o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, pediu urgência na solução.

O Lixão da Muribeca funcionou durante mais de duas décadas nas margens da Estrada da Integração, no bairro da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes.

Apesar de estar localizado em Jaboatão dos Guararapes, era gerenciado pela Prefeitura do Recife.