Fotos: Fábio Jardelino/NE10 Durante a cerimônia que marcou a entrega das obras civis da Arena Pernambuco, neste domingo (14), o governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), negou que as inserções do seu partido tenham qualquer conotação eleitoral.
Eduardo tem procurado construir sua imagem nacionalmente para uma iminente candidatura à Presidência da República. “O PSB está fazendo exatamento o que todos os partidos têm o direito de fazer.
Todos os partidos têm, por Lei, um espaço para colocar suas ideias, mostrar o que está fazendo, fazer exatamente a divulgação.
Só isso.
Não estamos discutindo eleição.
Estamos exercendo um direito que todos os partidos do Brasil têm”, defendeu-se.
Leia também: Dilma inaugura Arena Pernambuco no dia 14 de maio Eduardo vê Arena Pernambuco como marco para a economia no Estado As inserções políticas são coordenadas pelos diretórios estaduais.
Cada diretório faz a propaganda do partido voltada para o seu estado, normalmente com as lideranças estaduais.
Mas o PSB fez diferente.
As inserções da sigla serão as mesmas peças veiculadas em todos os estados da Federação.
E é concentrada na imagem de Eduardo Campos, exaltando sua gestão a frente do governo de Pernambuco.
Algo que o gestor socialista tentou negar. “Não. [O programa] É focado no PSB.
Tem várias referências.
Várias administrações são citadas, resultados de vários gestores municipais e estaduais do PSB”, esquivou-se.
Veja abaixo os vídeos das inserções.
Leia: Veja as inserções do PSB, onde Eduardo Campos critica o governo Dilma “O futuro do Brasil” Negando que esteja pregando um “pós-Dilma”, Eduardo Campos disse que o PSB está “pensando o futuro do Brasi” e, mais uma vez, negou que as movimentações tenham caráter eleitoral.
Através da Fundação João Mangabeira, atrelada ao partido, estão sendo promovidos os seminários “Diálogos do Desenvolvimento” - tocando no tema que talvez seja a maior fragilidade apresentada pelo governo Dilma nestes dois primeiros anos de gestão a frente do País. “Estamos fomentando o debate, não estamos levando gente para concordar sobre tudo.
Existe o reconhecimento ao que foi feito nas últimas gestões, principalmente do governo Lula, e também há o pensamento de que há o que aperfeiçoar. É um debate onde a gente tem fomentado diversas linhas, para ter contradição, para formular o debate.” Ressaltando que o atual projeto nacional, liderado pelo PT, é uma construção coletiva da qual o PSB participa há décadas, Eduardo procurou escudar as críticas - que já deixaram de ser veladas há algum tempo - à atual gestão do País. “O que o PSB tem feito é um enorme esforço de buscar fazer uma discussão política com ‘P’ maiúsculo sobre o futuro do Brasil.
O mundo inteiro está discutindo o futuro. (…) Tivemos dois anos que não foram como nós desejávamos.
Temos aí diante da pauta brasileira uma terefa, que é fazer o debate, um debate respeitoso, que não tenha um viés eleitoral, como muitos querem dar. É sobre o futuro do País”, pregou. “É discutir exatamente o que é que nós podemos fazer para ganhar este ano, para que o Brasil possa reencontrar-se com o crescimento econômico, com o controle da inflação, com a preservação dos empregos, que é uma tarefa, um compromisso do governo nosso com o povo.
E essa é uma tarefa que nos impõe discutir, conversar, ouvir.
Ouvir setores que são do governo, setores que não são do governo, ouvir a academia, ouvir a organização dos trabalhadores, ouvir empresários.
Não devemos interditar esse debate.” LIVRO - Os seminários “Diálogos do Desenvolvimento” originarão um livro, a ser publicado no final do ano.
Eduardo afirma que a obra será “uma contribuição do PSB” para o governo federal e para a sociedade, com “um olhar sobre o Brasil neste instante”. “Temos uma fundação que funciona, que tem debate, tem publicação, que tem feito um enorme esforço para discutir os problemas das grandes cidades, as questões dos municípios e dos estados.
E o tema deste ano é o debate sobre o desenvolvimento, que é a preocupação da presidenta Dilma, a minha preocupação e de todos os brasileiros. É como a gente ajuda o País a ganhar 2013, retomar o crescimento, preservar o mercado de trabalho, conter a inflação. É isso que nós precisamos fazer”, defendeu.
Os seminários também podem acabar dando origem a um projeto de governo para a provável campanha de Eduardo Campos.
Os programas de governo de Geraldo Julio (PSB) para o Recife, em 2012, e de Eduardo Campos para Pernambuco, em 2006 e 2010, foram realizados em encontros organizados pelo partido com a população.
Aliado de Dilma nas aparências, Eduardo Campos tem mostrado que não irá se contentar com o banco de reservas no campo da esquerda.
O governador de Pernambuco deve mesmo se colocar à beira do gramado em 2014.