No Jornal do Commercio deste sábado Depois do desgaste enfrentado pelo PT com o mensalão, o partido lança hoje uma campanha de coleta de assinaturas para um projeto de reforma política a ser enviado ao Congresso.
O principal mote é o fim do financiamento eleitoral privado.
A primeira versão das peças, elaboradas pelo marqueteiro João Santana, foi apresentada ontem ao Diretório Nacional - com a presença de José Dirceu e José Genoino, condenados no STF.
As peças tratavam como dinheiro sujo o financiamento privado de campanhas eleitorais.
O slogan, no entanto, foi considerado excessivamente forte por dirigentes, e deve ser reorientado.
O partido pretende coletar, até fevereiro, cerca de 1,5 milhão de assinaturas, necessárias para protocolar no Legislativo o projeto de lei de iniciativa popular.
Depois disso, a proposta segue o trâmite normal no Congresso e precisa ser aprovada tanto na Câmara como no Senado.
O texto apresentado pelo partido tem três pontos: a instituição do financiamento público exclusivo para campanhas, o voto em lista nas eleições para deputado e vereador, além da convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva para discutir normas relativas às eleições e ao funcionamento dos partidos.
No dia 16, serão feitos eventos para o lançamento da campanha de coleta de assinaturas em Minas Gerais, no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em São Paulo - este último com a presença do ex-presidente Lula, na comemoração de 90 anos dos Sindicato dos Bancários.
Segundo integrantes da cúpula do PT, a campanha pela reforma política foi objeto de discussão no comando do partidário em busca de uma saída para a crise em que a sigla mergulhou após o mensalão.
Para os petistas, com a reforma, o partido apresenta uma proposta concreta para sair da defesa no caso.
No julgamento do escândalo, em 2012, petistas defenderam a tese de que o dinheiro pago a congressistas era doação eleitoral irregular, o que foi rejeitado pela Justiça.
Segundo o presidente do PT, Rui Falcão, se pretende destravar o debate sobre o assunto no Congresso.
Além das inserções em TV e rádio, o partido pretende promover campanhas pontuais em pontos de grande circulação, como praças e universidades.