Foto: divulgação O secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, Evandro Avelar, sofreu um verdadeiro “bombardeio” na Câmara de Vereadores, esta semana, durante audiência pública onde os parlamentares cobraram soluções para problemas crônicos da cidade, como a falta de coleta de lixo, iluminação pública deficiente, “privatização” de ruas e praças, falta de ônibus e até a situação precária dos cemitérios públicos.

O presidente da Câmara, vereador Ricardo Valois (PT), sintetizou as críticas ao lembrar que antes das eleições do ano passado a cidade parecia um verdadeiro “canteiro de obras”, mas ao final do pleito praticamente todos os serviços foram paralisados “A prefeitura parou tudo e o povo está se queixando muito.

Cito como exemplo o binário de Prazeres, obra inacabada que prejudica demais o trânsito na região”, afirmou.

As reclamações incluíram também as de contenção do avanço do mar e decadência da orla marítima, a falta de saneamento e a deterioração do Parque Histórico dos Guararapes.

Em resposta às críticas o secretário Evandro Avelar cercou-se de números negativos e afirmou que a cidade tem carências financeiras e não é possível resolver todas as dificuldades de Jaboatão. “O município tem poucos recursos.

Chegamos a ter uma receita per capta menor que Olinda.

Jaboatão, ao longos dos anos, sofreu muito, perdeu-se muito tempo e a infraestrutura da cidade foi sendo depreciada”, afirmou.

Objetivamente Avelar prometeu analisar as críticas junto às secretarias da prefeitura a fim de procurar soluções.

Em relação ao lixo – alvo da maior parte das críticas – Avelar foi sincero e disse que o serviço foi restringido porque não pode pagar o serviço que deve ser feito. “Até o ano passado gastávamos R$ 3 milhões/mês com a coleta do lixo, mas tivemos que reduzir para R$ 2,5 milhões.

Se quiséssemos ter um padrão parecido com o Recife, o gasto teria de ser perto de R$ 10 milhões.

As críticas são válidas, mas estamos fazendo o máximo com todas as limitações que temos”, disse.

Ele informou ainda que em 2013, 200 garis foram demitidos.