Foto: Michele Souza/JC Imagem Por Bruna Serra No Jornal do Commercio deste sábado AFOGADOS DA INGAZEIRA - Quem acompanhou a agenda do governador Eduardo Campos (PSB) ontem, pelo Sertão do Pajeú, custou a acreditar na sintonia demonstrada pelo o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB).

Sorrisos e conversas ao pé do ouvido foram os capítulos de uma reconciliação. “A visita do nosso ministro aqui, para conversar com os vereadores, mostra que ele está empenhado, não em promessas, mas na realização de mudanças concretas para resolver os problemas hídricos da nossa região”, disse o prefeito em discurso.

Bezerra Coelho dedicou a manhã de ontem aos vereadores do município.

Na sede da Câmara Municipal, ao lado de uma funcionária do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), explicou, passo a passo, como se dará a construção da segunda etapa da Adutora do Pajeú, cujo primeiro ramal foi inaugurado no início do mês passado pela presidente Dilma Rousseff.

Trata-se de uma obra que beneficiará diretamente Afogados da Ingazeira.

O ministro também se comprometeu a agilizar a entrega da segunda etapa.

Convidado pelo prefeito a inaugurar a obra já no aniversário de emancipação da cidade, 1º de julho, Bezerra aceitou de pronto. “Meu amigo José Patriota, vou agilizar o máximo essa obra porque quero estar aqui no aniversário da cidade, abrindo as torneiras por onde vai correr a água do Velho Chico”, retribuiu o correligionário sorridente.

No último dia 4, após a reunião deliberativa do Conselho da Sudene, em Fortaleza, o prefeito disparou críticas ácidas contra o ministro fazendo uma cobrança pública ao correligionário por mais agilidade na liberação de recursos.

A fala do prefeito terminou jogando o ministro numa crise de identidade com o partido.

Outros prefeitos, a exemplo de Ettore Labanca (PSB), de São Lourenço da Mata, queixaram-se fortemente.

Diante da proporção do embate, o governador escalou o secretário de Governo, Milton Coelho (PSB), para colocar panos mornos na crise.