Foto: Clemilson Campos/JC Imagem No Jornal do Commercio desta sexta-feira Denúncias de corrupção.
Excesso de gastos.
Regalias, como auxílio-paletó.
Alto número de comissionados.
Falta de transparência.
Mesmo com a presença constante desses termos nas notícias relacionadas ao Senado, Câmaras e Assembleias, a população segue acreditando que o Legislativo contribue para melhorar a vida das pessoas. É o que aponta a pesquisa realizada com eleitores do Recife, nos dias 1º e 2 de abril, pelo Instituto Maurício de Nassau em parceria com o JC.
O Senado, cujo presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi acusado pela Procuradoria Geral da República de ter cometido crimes como peculato e falsidade ideológica, mereceu a melhor avaliação.
Entre os 816 entrevistados, 62% concordaram que os senadores contribuem para melhorar a vida das pessoas no País.
Apenas 23% disseram que não e outros 15% não souberam ou não quiseram responder.
No caso da Câmara Federal, que no início do ano extinguiu o pagamento dos 14º e 15º salários dos deputados, o índice de avaliação positiva foi de 59%.
O cenário se repete em relação à Assembleia Legislativa de Pernambuco, que está em via de por fim ao auxílio-paletó aos parlamentares: 59% entendem que a Casa contribue para melhorar o cotidiano da população.
No início deste semana, o presidente Guilherme Uchôa (PDT) ainda divulgou que o número de comissionados na instituição passa de 1.800.
Já a Câmara do Recife, que foi alvo de protestos por conta da aprovação de um reajuste de 62% na remuneração dos vereadores, foi considerada importante por 54% dos recifenses.
O resultado, segundo o cientista político e analista de pesquisas do IPMN Roberto Santos mostra que os desgastes atingem individualmente os políticos, mas não as instituições. “Existe uma personalização muito grande da corrupção no Brasil.
Embora alguns políticos estejam sendo alvos de críticas ou denúncias, isso não se reflete na imagem das instituições.
As pessoas conseguem fazer a distinção entre a conduta de quem exerce o cargo e a função dos poderes Legislativos”, avalia.
O especialista salienta que a capacidade de fazer essa diferenciação é maior no público que possui níveis de escolaridade mais alto, conforme aponta o estudo.
Leia a matéria completa no Jornal do Commercio desta sexta-feira.
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