Uma pesquisa realizada pela Fecomércio-PE mostrou que a classe C do Grande Recife está ajudando a movimentar o comércio eeltrônico.

De acordo com o levantamento - divulgado nesta sexta-feira (12), 63% deste público utilizam a internet para fazer compras, principalmente de artigos de vestuário, celulares, produtos eletrônicos e calçados. “As portas do comércio eletrônico foram abertas para a nova classe média e a frase mágica é aumento da renda com acesso à internet.

Nas classes de menor renda o uso da internet para compras ainda é incipiente, mas na classe C as compras on-line já é prática usual”, explica o consultor da Fecomércio e um dos responsáveis por esta pesquisa inédita, Luiz Kehrle.

Foram entrevistadas pessoas do Recife, Jaboatão e Olinda.

A pesquisa também apontou que os consumidores da classe C apresentam comportamento diferente daqueles das classes de menor renda. “Nas classes de renda D e E somente cerca de um em cada cinco consumidores utiliza o comércio eletrônico, um percentual muito abaixo daquele da Classe C.

Todavia, os consumidores que não compram pela internet são semelhantes em qualquer das faixas de renda”, explica José Fernandes de Menezes, também consultor da Fecomércio.

Não há entre eles diferença muito forte quanto ao acesso à internet, aversão ao risco e desconfiança quanto ao roubo de dados.

Ressalta-se que entre os consumidores da Classe C que não compram pela internet é forte a preferência pela forma tradicional de compras, bem maior do que os consumidores de menor renda.

A classe C aponta a comodidade, o ambiente favorável e a economia de tempo como os principias determinantes da decisão de compra através da internet.

Para as classes de menor renda a comodidade também é importante, mas o que realmente pesa na decisão de comprar são os preços, aliados aos descontos e promoções.

Não que preços e promoções também não atraiam a classe C, mas nada que se compare à atração representada pela comodidade das compras.

As compras da classe C em 2012 no comércio eletrônico alcançaram um valor médio de R$ 1.021,50, pouco maior do que os R$905,50 registrados nas classes de menor rendimento.

A maior compra da classe C alcançou R$5.000 e o menor R$50, enquanto que nas classes de renda D e E esses valores foram respectivamente R$3.000 e R$80.

Foram entrevistados 551 consumidores, 286 da Classe C e 265 das Classes D e E.

Dos entrevistados 45,74% são homens e 54,26% são mulheres.

A Classe C inclui consumidores com renda familiar de três a 10 salários mínimos, aqueles com renda familiar mensal abaixo de três salários mínimos são classificados nas faixas D e E.