Foto: reprodução Da Agência Estado Nem o churrasco do fim de semana escapou da inflação.
Tirando a carne, que, em 12 meses, subiu 3,1%, bem menos que os 6,6% da inflação oficial (IPCA), vários outros itens indispensáveis ao redor da churrasqueira estão se destacando pela alta muito acima da média.
A farinha de mandioca, líder absoluta da disparada dos preços dos alimentos, avançou 151,4%.
O vinagrete, pressionado pelo tomate e pela cebola, está virando luxo.
Em um ano, os dois subiram 76,5% e 122,1%, respectivamente.
O vinagre seguiu o galope e também encareceu além da média dos preços pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 10,7%.
Temperar a carne apenas com sal grosso, à moda gaúcha, é a saída para escapar do reajuste de 53 1% no preço do alho.
O sal subiu só 4,3% no período.
Já a linguiça está custando 16% mais do que há um ano.
E para quem já pensa em virar vegetariano o pior está por vir: a cerveja também subiu 16% nos últimos 12 meses.
Nem aqueles que não bebem conseguem sair ilesos: o refrigerante e a água mineral estão 9 8% mais pesados no bolso.
Quem ficou indignado e cogita preparar uma caipirinha deve se preparar para a surpresa: embora o preço do açúcar tenha caído 8 3% em 12 meses, bebidas como cachaça e vodca ficaram 9,7% mais caras, em média.
Enfim, a conclusão é que a inflação já corrói o poder de compra do consumidor brasileiro.
O próprio IBGE anunciou queda de 0,8% nas vendas em super e hipermercados do País no mês de fevereiro em relação a janeiro.
Ou seja, os números sugerem que os hábitos de consumo começam a ser alterados pela forte alta dos preços.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.