A vereadora de oposição Priscila Krause, do DEM, não é só crítica ao prefeito Geraldo Júlio, do PSB.

Ela elogiou a sensibilidade do prefeito ao retirar o projeto do novo pólo jurídico, de interesse da OAB, apresentado ainda na gestão João da Costa. “Além de ter elevado o gabarito para a área, o projeto do prefeito João da Costa aboliu as ações mitigadoras do projeto, como creches, acessos.

A OAB vai poder ir para o Coque sem bater um prego.

Não está correto.

Vamos ter que chegar a um entendimento.

O prefeito teve sensibilidade em retirar o projeto”, afirmou Priscila.

Nesta quinta-feira, na Câmara Municipal, em um enésimo debate sobre o projeto imobiliário Novo Recife, lideranças comunitárias voltaram a reclamar da nova casa da OAB, no Coque.

A nova sede da instituição, que deve deixar a Rua do Imperador, arrasta-se desde pelo menos 2010.

O Projeto de Lei que aprovou a criação da Operação Urbana Consorciada Joana Bezerra foi apresentado pela Prefeitura em abril de 2010.

O documento estabelece as condições urbanísticas e jurídicas propostas pelo Poder Executivo para a construção do Polo Jurídico, obra que deverá abrigar o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o Ministério Público (MPPE) a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Fórum Criminal, a Escola de Magistratura e a Defensoria Pública.

Hoje, na Ilha de Joana Bezerra, já funciona o Fórum Rodolfo Aureliano.

A intenção é que a implantação do parque jurídico possa dar agilidade aos processos com a proximidade das instituições.

O negócio precisa de aval da Câmara Municipal porque envolve a cessão do terreno, o primeiro passo para o empreendimento.

A apresentação oficial ocorreu em agosto de 2012.

O prefeito do Recife, João da Costa, e o presidente da Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB-PE), Henrique Neves Mariano, assinaram então o termo de anuência para cessão do terreno, localizado no bairro de Joana Bezerra, área central do Recife.

O prefeito João da Costa disse na época que a escolha do terreno como ponto estratégico para as atividades do Judiciário. “O polo beneficiará não só os magistrados, mas principalmente a população porque vai concentrar todas as atividades jurídicas num só lugar evitando que as pessoas se desloquem por diversos pontos da cidade.

A iniciativa provocará mudanças significativas no entorno da Joana Bezerra, beneficiando a comunidade local”, destacou Já o então presidente da OAB-PE, Henrique Mariano,comentou que aquele era um momento histórico para OAB de Pernambuco, porque iria realizar um sonho de vinte anos atrás de viabilizar o novo espaço. “Hoje, nós temos 32.000 advogados no estado de Pernambuco e a estrutura física da sede está totalmente obsoleta.

A OAB já possui os recursos financeiros necessários para a construção da nova sede, garantidos pelo Conselho Federal da Ordem e só nos faltava a área física para realizar a construção",