Por Carlos Santana, especial para o Blog de Jamildo Impossível dissociar Ipojuca do grande momento vivido por Pernambuco.

Em nossa cidade fica localizado o grande motor do desenvolvimento do Estado - o Porto de Suape - e toda a estrutura industrial que nos leva a crescer numa média maior que a do País, quando não em ritmo chinês.

O município chegou aos seus 167 anos como o segundo maior PIB de Pernambuco e uma previsão de crescimento continuado, a despeito das incertezas que rondam a economia do País.

Ipojuca acolhe Suape esperançosa, com suas 100 empresas já funcionando e outras 50 em processo de implantação.

Nada menos que 25 mil empregos diretos foram gerados por aquele complexo portuário, com perfil concentrador de grandes cargas, interligado a mais de 160 portos em todos os continentes, com polos industriais segmentados e programas de capacitação de mão de obra local, o que levou a creditada Revista The Economist a apontar o complexo como o de melhor infraestrutura portuária do Brasil.

E a pergunta que fica é óbvia: Por que a grande maioria dos mais de 80 mil habitantes de Ipojuca não colhe os frutos desse ciclo de desenvolvimento?

Por que ainda há sérias deficiências na oferta de serviços básicos, como saúde, educação e políticas para a juventude, entre tantas outras carências?

Aproveito que no último dia 30 de março se passou mais um aniversário da nossa emancipação para ressaltar minha determinação em perseguir a prioridade maior desta minha administração: uma agenda político-administrativa que possibilite a reversão desses recursos em benefício da população.

Ipojuca se ressente da total falta de planejamento progressivo, por parte do poder público municipal.

Quero muito e preciso, como filho da terra, promover essa inclusão social.

Necessário se faz, urgentemente, carimbar o passaporte dos que aqui vivem para uma melhor condição de vida.

Nosso povo acostumou-se a viver de sobressaltos: primeiro saiu bruscamente do corte da cana para a atividade turística, que requer uma preparação toda especial, a qual nunca teve.

Daí, acompanhamos, aos trancos e barrancos, Ipojuca se consolidando como um dos destinos turísticos mais importantes do País, quase que ao mesmo tempo em que passou à era da industrialização com o boom de Suape.

Tudo muito rápido e sem as devidas respostas do poder público municipal no sentido de inserir o ipojucano nesse ciclo.

Cabe a mim, agora, neste quarto mandato como prefeito promover mudanças urgentes.

A gestão que iniciamos em janeiro, já disse por diversas vezes, tem uma enorme responsabilidade e um compromisso maior.

A responsabilidade de criar um elo entre a Ipojuca que sai nos jornais por conta de sua pujança econômica com aquela que pouca gente de fora vê: a de Ipojuca real dos distritos, dos engenhos, das localidades de pouco acesso, do povo sofrido, da falta de emprego……. É preciso que o povo ipojucano tenha mais orgulho do município em que vive, fazendo parte ativamente do crescimento que o faz famoso.

Nosso compromisso: trabalhar, incansavelmente, durante os próximos quatro anos para fazer isso acontecer.

Nossa prioridade é investir naquele tripé em que se baseiam as necessidades básicas da população: educação, saúde e geração de oportunidades, principalmente para os jovens.

Já iniciamos o planejamento para captação e direcionamento de recursos públicos para essas três áreas.

Temos objetivos ambiciosos, do tamanho da nossa importância para o desenvolvimento de Pernambuco.

Entre eles, projetos para a nossa juventude.

Sempre com o apoio do Governo do Estado, vamos trabalhar para que a política de inclusão da população mais carente seja contínua.

Trata-se de um resgate, de uma espécie de dívida que eu, como filho da terra, tenho com a minha cidade.

Alçado à condição de representante de todos os ipojucanos, terei o enorme prazer de realizar o que nunca foi feito: reverter para a população aquilo que é dela de direito .

Carlos Santana é prefeito de Ipojuca.