Foto: Clemílson Campos/JC Imagem Mesmo com o PT de Pernambuco dividido desde a pré-campanha das eleições municipais do ano passado, o Estado foi escolhido para receber o evento que fechará as comemorações de 10 anos do partido no comando do governo federal, em julho.
O motivo da opção é claro, apesar de nenhum petista confirmar, obviamente: é o Estado do governador Eduardo Campos (PSB), que, apesar de integrar a base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), ameaça lançar -se candidato a presidente em 2014, tendo endossado nos últimos meses críticas ao governo federal.
A festa ainda não tem data nem local definidos pela Direção Nacional.
Mesmo assim, a organização do encontro já articula a vinda da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Lula.
Comemorações estão sendo realizadas desde o início do ano.
O tensão no PT local deve-se ao rompimento na relação de duas liderenças: o deputado federal João Paulo e o ex-prefeito do Recife João da Costa.
O primeiro bancou a candidatura do então aliado para a Prefeitura, mas a relação começou a azedar logo no primeiro ano de mandato de João da Costa por questões nunca detalhadas por eles.
Nos bastidores, alguns dizem que João Paulo, ex-prefeito por oito anos, continuou a dar pitacos na Prefeitura, mesmo após sua saída.
Outros declaram que João da Costa, depois de eleito, passou a escantear o padrinho político.
No mês passado, a direção estadual promoveu um evento de comemoração dos 10 anos do PT no governo federal - assim como ocorre em outras cidades -, que acabou em bate-boca e até em um início de briga.
Militantes ligados a João da Costa reclamaram que ele não foi convidado para compor a mesa de autoridades do evento.
Interloculares afirmam que o ex-prefeito chegou a ser comunicado pelo presidente estadual, o deputado federal Pedro Eugênio (PT), de que iria integrar a mesa, mas, nos últimos minutos do segundo tempo, João Paulo disse que, se o rival fosse convidado, ele se retiraria do evento.
Desde então não houve um novo encontro.