Foto: Paulinho teve encontrro com Eduardo no mês passado, no Recife (Eduardo Braga/divulgação) O deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), conhecido como Paulinho, reagiu à informação divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo de que o governo federal montou uma operação para monitorar a movimentação sindical no Porto de Suape.

Em nota enviada à imprensa, o deputado disse que “repudia com veemência” a suposta iniciativa do Palácio do Planalto e que a ação visa intimidar o movimento sindical.

A mando de Dilma, Agência Brasileira de Inteligência monitora movimento sindical em Suape Eduardo Campos evita se pronunciar sobre Abin em Suape Presidência se irrita com reportagem sobre investigação da Abin em Suape “É inadmissível que um governo oriundo de um partido que tem como berço o movimento sindical faça uso de práticas conhecidas e utilizadas por órgãos de repressão, fruto de governos que perseguem e não aceitam que um dos pilares da democracia é o debate de idéias e o reconhecimento do contraditório”, diz o texto.

No mês passado, o parlamentar esteve em Pernambuco e selou uma aliança com o governador Eduardo Campos (PSB) - possível adversário da presidente Dilma Rousseff (PT) na eleição de 2014 para a Presidência - contra a Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos, enviada ao Congresso pelo governo federal.

Na ocasião, Paulinho defendeu a candidatura do socialista à Presidência em 2014.

Paulinho da Força Sindical defende candidatura de Eduardo a presidente Eduardo e Força Sindical selam aliança contra MP dos Portos Eu acho importante [a candidatura de Eduardo].

A gente precisa ter candidato.

Ele mostrou seu trabalho, é governador pela segunda vez, elegeu prefeito, tem prestígio no Nordeste todo, enfim, é importante que ele se coloque como candidato", afirmou.

No texto sobre a denúncia de espionagem o deputado completou que a Força Sindical continuará lutando pelos direitos dos trabalhadores.

Leia a nota completa: A direção nacional da Força Sindical repudia com veemência a operação denominada “Mosaico”, organizada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão instalado dentro do Palácio do Planalto, e executada pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que tem claro objetivo de intimidar e enquadrar o movimento sindical brasileiro.

A informação sobre a operação foi divulgada hoje por meios de comunicação do País.

Não vamos nos calar diante desta nefasta tentativa de utilizar órgãos de espionagem especializada, com viés autoritário, para controlar os movimentos sociais.

Vale ressaltar que estas entidades sindicais desempenharam recentemente um importante papel dialogando democraticamente em todas as instâncias de Poderes visando garantir trabalho digno para os trabalhadores portuários. É inadmissível que um governo oriundo de um partido que tem como berço o movimento sindical faça uso de práticas conhecidas e utilizadas por órgãos de repressão, fruto de governos que perseguem e não aceitam que um dos pilares da democracia é o debate de idéias e o reconhecimento do contraditório.

Transformar os críticos em adversários que devem ser perseguidos de forma implacável e aniquilados politicamente é método típico de governos autoritários, que têm ojeriza aos que discordam publicamente da condução de determinadas políticas públicas.

A Força Sindical reitera que vai continuar seu processo de luta na busca por uma sociedade mais justa, apontando e criticando os erros governamentais – como é o caso da MP dos Portos (Medida Provisória 595) e os equívocos na condução da política econômica – e apoiando quando as ações forem corretas, caso da redução da taxa básica de juros.

Entendemos a preocupação do governo, que teve, a contragosto, de aceitar modificações na MP dos Portos após intensa mobilização e unidade sindical, mas transformar a Abin em um grande “Big Brother” governamental para intimidar e controlar os movimentos sociais é algo inaceitável em um governo democrático.

Paulo Pereira da Silva, Paulinho presidente da Força Sindical