Em entrevista Geraldo Freire, na Rádio Jornal, nesta quinta-feira (4), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Pernambuco (Faepe) e do Sebrae-PE, Pio Guerra, criticou a postura dos governos federal e estadual no enfrentamento da seca que castiga o Nordeste.

Para ele, a antecipação da eleição presidencial atrapalha a tomada de decisões. “Vimos a presidente reunir os governadores do Nordeste para anunciar medidas que tenderiam a melhorar as coisas, mas na verdade, não houve novidade.

Apenas se renovaram as promessas.

Não entrou dinheiro nem coisa nenhuma.

Anunciaram alguns carros-pipa, anunciaram caminhões de milho e os prometidos antes não atendem, porque não se consegue comprar milho”, lamentou. “O que se vê é uma parafernalha político-partidária, de um partido querendo afrontar o outro, a presidente querendo derrubar a candidatura de um governador do Nordeste.

Enfim, politizou-se, o que é uma coisa ruim para o País todo”, completou.

Na reunião com os governadores, Dilma anunciou a liberação de R$ 9 bilhões.

Em visita a Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, na semana passada, o petista ainda divulgou, ao lado do governador Eduardo Campos (PSB), um investimento de R$ 2,8 bilhões.

Guerra também reclamou da falta de visitas dos dirigentes nacionais para ver, in loco, os estragos da estiagem, considerada pelo governo federal como a mais dura dos últimos 50 anos. “A gente não vê o ministro de Meio Ambiente vir aqui, o ministro da Agricultura, o presidente do Senado…”.