Blog Imagem O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, participou, ainda há pouco, do programa CBN total, com Aldo Vilela, e participação do Blog de Jamildo.
A rádio JC/CBN tem ouvido os secretários, em função dos 100 primeiros dias de gestão.
No ar, respondendo a uma questionamento do blog, o médico defendeu a descriminalização do aborto. “Nas nossas maternidades, todos os dias vemos a conseqüência do aborto ilegal e ilícito.
Temos mortalidade e danos.
Como médico, apoio a posição do Conselho Federal de Medicina (defende o aborto até 12 semanas).
Como gestor de saúde, acredito que temos que enfrentar a questão como um problema de saúde pública”, diz. “Assim, defendo que o aborto seja discriminalizado.
Nos países em que isto foi feito houve redução do número de abortos.
Criu-se mais proteção”, afirmou.
No caso da discussão em torno da internação compulsória de drogados pelo crack, o secretário tergiversou um bocado, mas acabou afirmando que ela é necessária em situações limite. “Não pode ser uma ferramenta higienista. É situação limite”.
Na sua avaliação, é importante que a Câmara Municipal do Recife comece a debater o assunto com a sociedade, mas sempre com muita cautela. “Estamos tentando aprender.
Não é um problema de fácil solução, pois é uma epidemia…
Mas sou a favor, se colocar a vida em risco”, disse. É natural que o secretário fique cheio de dedos em falar de um assunto polêmico, uma vez que está investido de um cargo público, sujeito a todo tipo de pressões.
Os conselhos de psicologia, por exemplo, são contrários.
No entanto, quem se droga não tem condições nem de escolher o tratamento ou não.
No programa, o secretário de Saúde do Recife prometeu ainda que até o final do ano serão entregues as primeiras upinhas prometidas por Geraldo Júlio.
Elas ficarão todas na zona Norte (Corrego do Jenipapo, Bomba do Hemetério, Fundão e a base do Morro da Conceição), criando uma espécie de cinturão.
A meta global são 20, nos quatro anos.
O Hopsital da Mulher só fica pronto em 2014.
Na JC/CBN, Jailson Correia reclamou que acima de 30% das unidades são áreas locadas e oferecem problemas para reformas e readequações.
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